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De acordo com o estudo do Laboratório de Artrópodes do Instituto Butantan, divulgado neste mês de junho, foram registradas mais de 13 mil ocorrências de picadas de escorpião nos últimos dois anos nas regiões urbanas do Estado de São Paulo, sendo que 10.000 ocorreram apenas na capital paulista.
O acúmulo de lixo em moradias, entulhos em terrenos baldios, velhas construções, pilhas de madeira, tijolos e caixas de luz são os locais que lideram o índice de concentração de escorpiões que fazem desses lugares seus esconderijos.
A dor causada pela picada do escorpião tem início imediato e a intensidade é variável conforme a evolução do veneno. Em crianças, as manifestações do efeito da picada podem ser mais graves e acarretam quadros de náuseas e vômitos, alteração na pressão sanguínea, agitação e falta de ar.
Quando isso acontece, o recomendado é lavar o local da picada com água e sabão e fazer compressas mornas que ajudam a aliviar a dor. Segundo o site do Ministério da Saúde, não é recomendado fazer torniquete (ou garrote), furar, cortar, queimar, espremer e fazer sucção na ferida. Lembre-se de levar o paciente ao médico assim que o acidente acontecer.
Os principais causadores das picadas em centros urbanos são os escorpiões-amarelos e marrons. Eles são caracterizados pela fácil adaptação em ambientes sem saneamento básico e com acúmulo de lixo. Além disso, o desmatamento e o crescimento desordenado das áreas urbanas favorecem os ataques, uma vez que os animais ficam desabrigados e buscam alimentos dentro das residências.
As dicas de prevenção para não sofrer picadas de escorpião são:
1. Usar calçados e luvas nas atividades rurais e de jardinagem;
2. Examinar calçados e roupas pessoais de cama e banho, antes de usá-las;
3. Não acumular lixo orgânico, entulhos e materiais de construção;
4. Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros e rodapés; utilizar telas, vedantes ou sacos de areia em portas, janelas e ralos; manter limpos os locais próximos das residências, jardins, quintais, paióis e celeiros; combater a proliferação de insetos, principalmente baratas e cupins;
5. Preservar predadores naturais como seriemas, corujas, sapos, lagartixas e galinhas; limpar terrenos baldios pelo menos na faixa de um a dois metros junto ao muro ou cercas.
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Fontes: Ministério da Saúde do Brasil, Agência Estado, ABC da Saúde, Hospital Infantil Sabará
Atualizado em 28 de março de 2024