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No Brasil, desde que foi promulgada a lei da palmada em 2014, o assunto de castigo físico por parte de pais e responsáveis vem sendo debatido pela sociedade, sem ainda chegar a um consenso.
Um estudo publicado na edição de dezembro de 2016 da Pediatrics investigou as mudanças das estratégias de disciplina ao longo do tempo. Estratégias de disciplina são um dos componentes principais das interações socioemocionais e incluem castigos físicos, como surras, e técnicas de disciplina não-físicas, tais como tempo de castigo. Os investigadores examinaram quatro estudos nacionais de crianças do jardim de infância até cerca de 5 anos de idade, realizado entre 1988 e 2011, nos EUA.
Os estudos forneceram informações sobre o status socioeconômico dos cuidadores, bem como técnicas de disciplina típicas. As descobertas sugerem que os pais que usam o castigo físico diminuíram substancialmente, enquanto os pais que fazem uso de estratégias de disciplina não-físicas aumentaram significativamente em todos os grupos socioeconômicos.
Eles descobriram que a proporção de mães com nível de renda médio que apoiam a disciplina física diminuiu de 46% para 21% ao longo do período de estudo e as que apoiam o castigo aumentou de 41% para 81%.
A diferença entre os grupos de status socioeconômico do 90º e 10º percentil não mudou significativamente ao longo do tempo, pois as reduções no castigo físico e os aumentos nas formas alternativas de disciplina foram semelhantes entre os grupos socioeconômicos.
Embora o uso de disciplina física diminuísse em todos os grupos, os pesquisadores observaram que cerca de um terço das mães com os rendimentos mais baixos ainda apoia disciplinar fisicamente as crianças do jardim de infância. Os autores sugerem que esses resultados nos fazem lembrar que a educação ainda é necessária para reduzir ainda mais a dependência de castigo físico e aumentar a utilização de técnicas não-físicas de disciplina.
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Fonte: Pediatrics December 2016, VOLUME 138 / ISSUE 6
Socioeconomic Gaps in Parents’ Discipline Strategies From 1988 to 2011
Rebecca M. Ryan, Ariel Kalil, Kathleen M. Ziol-Guest, Christina Padilla
As informações contidas neste site não devem ser utilizadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o seu pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.
Atualizado em 7 de outubro de 2024