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A Organização Mundial da Saúde (OMS) voltou a declarar a Mpox como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) em meados de agosto. O aumento nos casos no continente africano reacendeu o alerta em entidades de saúde. A principal razão por trás dessa declaração da OMS é a propagação de uma nova variante do vírus (conhecida como Clado 1b), que causa uma maior mortalidade, é mais fácil de transmitir e está circulando na África Central, afetando principalmente crianças e se espalhando por meio de múltiplos modos de transmissão (não apenas a via sexual).
De janeiro até 27 de agosto de 2024, o Brasil registrou 836 casos suspeitos ou confirmados de Mpox. O número já se aproxima do total de casos do ano anterior, que até dezembro contabilizou 853 infectados pela doença. Os dados foram divulgados pelo COE (Centro de Operações de Emergências), do Ministério da Saúde.
O Sudeste lidera com 681 infecções, o equivalente a 82%, sendo o estado de São Paulo o líder com 427 casos. Outros estados com maior quantitativo são Rio de Janeiro, com 195 (23%), Minas Gerais com 50 (6%) e Bahia com 36 (4%). Roraima, Amapá, Tocantins, Maranhão, Piauí e Mato Grosso ainda não notificaram casos, segundo a pasta. Entre as cidades, São Paulo é o município com 322 casos até o dia 24 de agosto, que equivale a 39% do país. Em segundo lugar, está o Rio de Janeiro com 177 (21%), seguido por Belo Horizonte, Salvador e Brasília.
Os homens concentram a maior parte dos registros: são 796 (95%). A faixa etária mais atingida é a de 18 a 39 anos, com 603 ocorrências da doença (72%). De zero a quatro anos há uma ocorrência no país. Neste ano, até 24 de agosto, 61 (7%) pessoas foram internadas no país com Mpox. Do total de casos, cinco (0,6%) necessitaram de cuidados em UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Em 2022, de janeiro a dezembro, foram registrados 10.648 casos de Mpox e 14 mortes. No ano passado, houve 853 infecções e dois óbitos.
Nos dois anos, os estados de São Paulo e Rio de Janeiro contabilizaram a maior parte dos casos. Em 2022, São Paulo com 4.153 infecções e três mortes, e no ano seguinte 155 casos e nenhum óbito. O Rio de Janeiro encerrou 2022 com 1.393 casos e cinco mortes. Em 2023, ultrapassou o estado paulista, com 173 casos, sem óbitos.
Do início de 2024 até 23 de agosto, foram notificados, na região da África, 20.720 casos de Mpox, sendo 3.331 confirmados e 17.389 suspeitos. O número de mortos pela doença chegou a 582.
Qualquer um pode pegar. As pessoas espalham o vírus, principalmente, através do contato direto da pele com fluidos corporais infectados ou ao compartilhar roupas de cama, roupas ou toalhas. Uma pessoa é contagiosa desde o momento em que os sintomas se desenvolvem até depois que as crostas da erupção caem e a pele está completamente curada.
O sinal revelador do vírus da varíola dos macacos é a erupção e como as manchas mudam com o tempo. Quando a erupção aparece pela primeira vez, parecem manchas planas. Classicamente, todas as manchas mudam ao mesmo tempo, tornando-se saliências elevadas e, em seguida, bolhas cheias de líquido que se tornam feridas brancas ou amarelas, cheias de pus. Antes que a erupção apareça, os primeiros sinais podem incluir:
Qualquer pessoa com sintomas de Varíola dos Macacos deve conversar com o seu médico(a) ou com outro profissional de saúde. Nos casos das crianças e adolescentes, procure um pediatra. Busque ajuda especializada mesmo que não ache que teve contato com alguém que estava contaminado.
Nem toda criança com erupção cutânea precisa ser testada para Varíola dos Macacos. Se o seu pediatra suspeitar da doença com base na aparência da erupção cutânea e no histórico do seu filho(a), ele(a) solicitará um teste de laboratório.
A maioria das pessoas se recupera em duas a quatro semanas, mesmo sem medicamentos que matam o vírus. Existem também tratamentos antivirais.
Como a doença é tão rara, não há necessidade de vacinar todos. As vacinas estão disponíveis para algumas pessoas que podem ter sido expostas a alguém com a doença, incluindo crianças e adolescentes. A vacina também pode ser administrada a pessoas que trabalham em laboratório com o vírus ou prestam assistência médica a pacientes infectados.
A varíola dos macacos parece assustadora, mas é muito, muito improvável que isso lhe cause algum problema. No caso raro de um adulto em sua casa contrair varíola, compartilhe essas informações com seu pediatra e discuta o que você pode fazer para proteger seu filho(a) da infecção. O período de incubação da varíola dos macacos é, geralmente, de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias. Nesse período, a pessoa deve evitar o contato com outras.
https://institutopensi.org.br/variola-dos-macacos-vamos-falar-dela-novamente/
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