Instituto PENSI – Estudos Clínicos em Pediatria e Saúde Infantil

A amamentação sob a perspectiva do fonoaudiólogo

A amamentação sob a perspectiva do fonoaudiólogo

A amamentação sob a perspectiva do fonoaudiólogo

Dentre as experiências vivenciadas pelo bebê, a amamentação merece destaque. No dia 01 de agosto comemoramos o Dia Mundial do Aleitamento Materno e a semana é dedicada a ele: Semana Mundial de Aleitamento Materno.

Há uma quantidade significativa de pesquisas que reforçam a importância da amamentação. O aleitamento materno traz benefícios nutricionais, imunológicos, emocionais, econômicos e sociais que já são amplamente divulgados.

Existem diversas organizações capacitadas para solucionar dúvidas, esclarecer e dar o suporte necessário para que esse momento, tão importante no desenvolvimento infantil e no relacionamento mãe e filho, seja o mais seguro e feliz!

O aleitamento materno também tem efeitos positivos do ponto de vista da saúde fonoaudiológica, uma vez que está relacionado ao crescimento e desenvolvimento craniofacial e motor-oral do recém-nascido, sendo sua presença fator importante de prevenção.  

Ao sugar o seio materno, a criança estabelece o padrão adequado de respiração nasal e postura correta da língua. A sucção durante a amamentação promove o desenvolvimento adequado dos órgãos fonoarticulatórios quanto à mobilidade, tônus, força, postura e consequentemente o desenvolvimento das demais funções, como a mastigação, deglutição e articulação dos sons da fala. Contribui para a redução da presença de maus hábitos orais e de posturas inadequadas dos órgãos fonoarticulatórios.

O desenvolvimento motor-oral reflete no desenvolvimento craniofacial, no crescimento ósseo e na dentição. Essas forças musculares promovem uma ação modeladora, mas que em condições inadequadas, podem conduzir a alterações anatômico-funcionais indesejáveis.

Somente a amamentação ou a sucção no peito materno promove a atividade muscular correta. Crianças amamentadas no peito têm menores chances de adquirir hábitos de sucção não nutritivos, comumente observados em crianças que não receberam aleitamento materno, ou o fazem por tempo menor. O desmame precoce pode levar a uma ruptura do desenvolvimento motor-oral adequado.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), o Ministério da Saúde (MS) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomendam a amamentação exclusiva até o sexto mês de vida e complementada até dois anos ou mais, permitindo a adequada transição alimentar, de modo que a criança tenha condições de receber os alimentos certos na idade adequada, garantindo o seu pleno desenvolvimento.

A prática bem-sucedida do aleitamento materno depende, em grande parte, do apoio e das orientações recebidas pelas mães ao longo da gestação, nos primeiros momentos do nascimento e na alta hospitalar.

A técnica de amamentar deve ser ensinada e, para isso, o primeiro passo é a observação cuidadosa da mamada para que possam ser feitos os ajustes e orientações necessários para garantir o seu sucesso e sua permanência.

Todos os profissionais envolvidos com a saúde da díade mãe-bebê são agentes responsáveis pela promoção, incentivo e apoio ao aleitamento materno. 

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Por Equipe de Fonoaudiologia do Hospital Infantil Sabará

Atualizado em 16 de dezembro de 2024

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