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Como se já não bastasse a pandemia e o fato de não haver vacinas contra a covid-19 para essa faixa etária, no início de fevereiro tivemos duas notícias preocupantes para as crianças pequenas, abaixo de 6 anos.
A primeira diz respeito a falta de vagas para o primeiro ano do ensino fundamental na cidade de São Paulo e a segunda é sobre a diminuição de crianças matriculadas em creches no Brasil todo, entre 2019 e 2021. Duas notícias que preocupam muito quando sabemos que é nessa fase que o cérebro do indivíduo se desenvolve mais e que mais podemos agir para estimular a inteligência emocional, cognitiva e psicológica do ser humano. Além disso, é uma oportunidade oferecer uma dieta adequada para essas crianças.
A Folha de São Paulo apurou que quase 14 mil crianças estão na fila por uma matrícula no 1º ano do ensino fundamental na capital paulista. São 1.300 alunos somente na zona sul e quase 2 mil na zona leste. Há anos a cidade não enfrenta problemas para garantir vagas no ensino fundamental, etapa em que a frequência escolar é obrigatória, de acordo com a Constituição. Desde 2007, dado mais antigo disponibilizado pela prefeitura, não há registro de espera por matrícula nessa etapa.
Segundo informações da primeira etapa do Censo Escolar 2021, divulgadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o número de matrículas na educação infantil registrou queda de 7,3% entre os anos de 2019 e 2021. Nesse período, mais de 650 mil crianças de até 5 anos saíram da escola.
O índice de crianças matriculadas em creches caiu 9% entre 2019 e 2021. A queda mais expressiva foi registada na rede privada, que apresentou uma redução de 21,6% de 2019 a 2021. Na rede pública, a queda foi de 2,3% nesse período. Ao todo, o Censo Escolar 2021 registrou 70 mil creches em funcionamento no Brasil.
Em todas as etapas da educação, foram registradas, em 2021, 47 milhões de matrículas – cerca de 627 mil a menos em comparação a 2020, o que corresponde a uma redução de 1,3%. A rede municipal atende à maioria (50%) dos alunos. A rede estadual é a segunda maior (32%), seguida pela privada (1%). A União (rede federal) é responsável por 1% dos alunos matriculados. O país tem, ao todo, 178,4 mil escolas de educação básica.
A boa notícia neste âmbito é que o Censo Escolar 2021 apontou estabilidade com relativo aumento do número de matrículas nos anos finais do ensino fundamental e, de acordo com a pesquisa, também houve aumento no número de matrículas no ensino médio.
Por que a preocupação em relação às crianças pequenas? Qual a importância da escola na primeira infância? Explicando de maneira rápida, essa etapa pode ser definida como o período que vai desde a gestação até, aproximadamente, os seis anos, embora muitas pessoas acreditem que a criança é incapaz de entender o que acontece durante esses anos e que só vai à escola ou creche para brincar ou ainda que ela não vai se lembrar dos eventos da primeira infância quando se tornar mais velha.
Isso é um engano. Segundo os especialistas, as experiências dessa fase exercem muita influência sobre o desenvolvimento do indivíduo para o resto de suas vidas. Quanto melhores forem as condições para o desenvolvimento de uma criança durante a primeira infância, maiores serão as chances de ela alcançar seu pleno potencial ao longo da vida. Nesse momento, a escola se apresenta como um diferencial, que vai ajudar a oferecer essas condições de desenvolvimento. Convido você a expandir o seu conhecimento a partir de cinco exemplos de como isso acontece na prática, dos aspectos que a criança irá encontrar nas creches e escolas até o ensino fundamental:
Esperamos que com o final da pandemia os pais voltem a matricularem seus filhos nas creches e no ensino básico, para que eles possam se preparar da melhor maneira possível para se tornarem cidadãos responsáveis e com condições de enfrentarem um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e exigente. E que nossos governantes possam oferecer um ensino de qualidade para todas as crianças como manda a Constituição e o ECA.
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