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Recentemente, em uma reportagem publicada na grande imprensa, foi destacada a queda nas vendas de brinquedos nos últimos anos e, infelizmente, este fato pode estar ligado a preferência das crianças pelo telefone celular.
É importante destacarmos como esse comportamento pode prejudicar o desenvolvimento físico e cognitivo das crianças, caso os aparelhos sejam usados de forma indiscriminada.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os menores de 2 anos de idade não devem ter contato com telas. Entre 2 e 5 anos de idade esse período pode se estender por até uma hora do dia e, entre 6 e 10 anos de idade, o tempo deve ser de, no máximo, duas horas.
Em revisão sistemática realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais no ano de 2023, foi observado que o uso excessivo de telas pode estar relacionado a piora da saúde mental, independentemente da idade. Foram observados atraso no desenvolvimento da linguagem, aumento nos casos de Transtornos de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), depressão e até diminuição do quociente de inteligência.
Em outro estudo realizado pelo Instituto Fernandes Figueira, em 2022, além dos sinais referidos na pesquisa citada acima, foram observados prejuízo na capacidade de atenção e na habilidade de saber esperar, baixa tolerância às frustrações, irritabilidade e estresse.
Atualmente, com o tempo corrido e o excesso de tarefas dos pais, uma das opções encontradas é expor os filhos às telas cada vez mais precocemente. A busca por atividades ao ar livre e com mais possibilidades de socialização deve ser prioridade. Vale reforçar que a leitura também pode ser uma ferramenta para aumentar a imaginação e a criatividade.