Instituto PENSI – Estudos Clínicos em Pediatria e Saúde Infantil

Tratamento de TDAH: escolhendo a melhor opção

Tratamento de TDAH: escolhendo a melhor opção

Tratamento de TDAH: escolhendo a melhor opção

O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é um dos temas mais abordados por nós neste blog e, sem dúvida, um dos mais controversos. Na imprensa é comum a discussão entre psicólogos, pediatras, neuropediatras e psiquiatras sobre como, quando e porque medicar os indivíduos por TDAH.

Um dos aspectos pouco abordados é o da pressão dos pais e dos professores para o uso de medicação. Determinar as preferências e os objetivos para o tratamento de TDAH é uma parte importante da tomada de decisão. Um estudo publicado na Pediatrics em outubro deste ano descobriu que os pais cujo objetivo era melhorar o desempenho acadêmico dos filhos, muitas vezes, deram início a um tratamento à base de medicamentos. Os pais cujo objetivo era melhorar o comportamento e as relações interpessoais eram mais propensos a escolher a terapia comportamental.

Após seis meses de tratamento, os pais das crianças que escolheram medicamento ou terapia baseada em comportamento tinham alcançado tanto os objetivos acadêmicos como os comportamentais, sugerindo que o tratamento escolhido foi eficaz em ajudar os pais a alcançar o que almejavam.

Com base nestes resultados, os autores do estudo concluem que, quando procuram opções de tratamento de TDAH, é importante que as famílias estejam envolvidas no processo de tomada de decisão e compartilhem o que acham com o pediatra. Isso envolve a participação ativa de todos, até mesmo de outros profissionais, antes de iniciar o tratamento, para discutir os riscos e os benefícios de terapias específicas e a probabilidade de alcançar os resultados desejados.

O preocupante no artigo é que ele pouco menciona a criança e a necessidade dela, mas acredito que isso tenha sido avaliado pelos médicos juntamente com os pais, já que se tratava de um público entre 6 e 12 anos.

Para mim, enquanto pediatra, o importante é que a discussão deva envolver várias pessoas (pais, familiares, médicos, psicólogos, professores etc.) e que a opção escolhida favoreça realmente a criança e não necessariamente o professor, o cuidador ou a família.

Leia também: TDAH: medicar ou não medicar?

Fonte: Parental Preferences and Goals Regarding ADHD Treatment | Pediatrics

Atualizado em 21 de maio de 2024

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