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Em uma declaração política conjunta, a Academia Americana de Pediatria (AAP) e a American Heart Association (AHA) endossaram um conjunto de medidas de saúde pública – incluindo impostos sobre consumo, limites ao marketing para crianças e incentivos financeiros para a compra de bebidas mais saudáveis – com o objetivo de reduzir o consumo infantil de bebidas açucaradas.
As principais organizações de saúde citam fortes evidências da associação entre açúcares adicionados e aumento do risco de doença cardíaca e outros problemas de saúde a longo prazo.
A declaração de política “Políticas Públicas para Reduzir o Consumo de Bebida Açucarada em Crianças e Adolescentes” foi publicada na edição de abril da revista Pediatrics.
Crianças e adolescentes consomem litros de bebidas açucaradas a cada ano, incluindo bebidas esportivas (gatorade), bebidas com sabor de frutas (sucos) e refrigerantes. As diretrizes dietéticas para os americanos de 2015-2020 recomendam que crianças e adolescentes consumam menos de 10% das calorias provenientes de açúcares adicionados. Mas os dados mostram que as crianças e os adolescentes consomem 17% de suas calorias a partir de açúcares adicionados – quase a metade deles vem apenas de bebidas. Por aqui, não temos dados, mas não deve fugir muito disso.
Para as crianças, a maior fonte de açúcar adicionado frequentemente não é o que comem, é o que bebem, disse a pediatra Natalie D. Muth, autora do comunicado de política. Como pediatra, receio que essas bebidas açucaradas apresentem riscos reais – e evitáveis - à saúde de nossos filhos, incluindo cárie dentária, diabetes, obesidade e doenças cardíacas. Precisamos de amplas soluções de políticas públicas para reduzir o acesso das crianças a bebidas açucaradas baratas.
AAP e AHA recomendam:
As empresas de bebidas gastam milhões em marketing para adultos e crianças – US$ 866 milhões em 2013 – com a maioria dos adolescentes vendo pelo menos um anúncio para uma bebida açucarada todos os dias, de acordo com o Rudd Center for Food Policy and Obesity. Crianças de minorias e comunidades de baixa renda são desproporcionalmente prejudicadas pelo acesso fácil e de baixo custo a bebidas açucaradas. O mesmo ocorre no Brasil, onde populações de baixa renda substituem alimentos regionais e de sua cultura por alimentos altamente processados e bebidas com alto teor de açúcar, como refrigerantes.
Saiba mais:
Fonte: Pediatrics April 2019, VOLUME 143 / ISSUE 4
From the American Academy of Pediatrics Policy Statement
Public Policies to Reduce Sugary Drink Consumption in Children and Adolescents
Natalie D. Muth, William H. Dietz, Sheela N. Magge, Rachel K. Johnson, AMERICAN
As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.
Atualizado em 14 de janeiro de 2025