A vitamina D é uma das vitaminas mais conhecidas e usadas na medicina. Na verdade, ela é um pré-hormônio que, junto com o paratormônio (PTH), ajuda a regular o cálcio e o metabolismo dos ossos. Existem duas formas de vitamina D nos humanos: o ergocalciferol (vitamina D2), que vem de plantas e leveduras, e o colecalciferol (vitamina D3), que vem de fontes animais ou é produzido pela pele quando exposta ao sol. O nome “vitamina D” vem do óleo de fígado de bacalhau, que mantém sua função mesmo após ser aquecido, diferentemente da vitamina A.
A principal fonte de vitamina D é a produção pela pele. A alimentação não é suficiente para fornecer a quantidade necessária, e até o leite materno tem pouca quantidade. Por isso, a suplementação de vitamina D na infância é muito importante, especialmente nos primeiros anos de vida.
Apesar do sol ser a maior condição que permite que mantenhamos níveis adequados de vitamina D, existem várias situações que devem ser avaliadas, que podem ajudar ou prejudicar a síntese vitamínica. A altitude, a quantidade de exposição, as roupas, a proteção contra o sol, a frequência e qualidade dos filtros solares são fatores que devem ser analisados na avaliação dos níveis de vitamina D no nosso organismo.
A falta de vitamina D é um problema mundial, e o Brasil também enfrenta essa questão, mesmo sendo um país tropical. É importante suplementar a vitamina D na infância e tratar pessoas com maior risco de deficiência, como aquelas com doença renal crônica, osteoporose, que fizeram cirurgia bariátrica ou estão grávidas. Existem também outros usos desta vitamina que estão sendo estudados, alguns com resultados promissores, especialmente referentes a defesas do organismo.
Estudos brasileiros em crianças menores de 5 anos não mostram uma situação de risco para deficiência de vitamina D, o que não condiz com a experiência dos nutrólogos de todo o país, que apontam risco nutricional e deficiências, por falta de exposição adequada ao sol e poucos alimentos fontes da vitamina. No entanto, o que vemos às vezes é a prescrição inadequada por profissionais de saúde, o uso de vitaminas compradas sem orientação médica e abundância de informações equivocadas nas redes sociais.
Em caso de dúvidas, procure um profissional de saúde ou sites de sociedades científicas, como a Sociedade Brasileira de Pediatria, Sociedade de Pediatria de São Paulo, o blog do Instituto Pensi e o Sabará Hospital Infantil.
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