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No dia 25 de janeiro, aniversário de São Paulo, fizemos uma ação no Sabará Hospital Infantil para incentivar a leitura e aumentar a qualidade da relação dos pais com os filhos, estimulando-os a fazerem leituras e a brincar com as crianças (no lugar de entregar alguma tela aos pequenos, enquanto estão ocupados em seus próprios aparelhos).
Nessa ação, distribuímos livros de uma coleção chamada “Romanceirinhos do Itanhy”, cuja segunda edição dos 20 títulos foi realizada pela Fundação José Luiz Egydio Setúbal (FJLES). Essa coleção de livros infantis foi realizada por um projeto do Criança Esperança em parceria com o Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação (IPTI) de Sergipe. Um projeto social capitaneado por Saulo Barreto, que merece ser conhecido.
Quando estive em Santa Luzia do Itanhy, uma cidade na divisa entre Sergipe e Bahia, onde se realizam os programas do IPTI, tomei conhecimento dos “Romanceirinhos”. Um lindo projeto que as crianças locais, orientadas por professoras de redação e literatura em encontros semanais, têm acesso a diferentes linguagens dentro da literatura, da música e do audiovisual, e são encorajadas a escreverem as suas próprias histórias.
Esses alunos, ajudados por outros alunos do projeto de ensino de desenho, produziram seus primeiros livros, incluindo as ilustrações para as páginas internas e da capa. A coleção é formada por 20 livros muito bem escritos, com histórias bem originais e com ilustrações super bonitas. Para ter uma ideia dos temas abordados, veja alguns dos títulos: Caraminholando e Anjo.
Como continuidade dessa ação, no dia 14 de fevereiro, quando se comemora o ‘Dia Internacional da Doação de Livros’, faremos uma doação dessas coleções para várias bibliotecas de escolas de educação infantil aqui da cidade de São Paulo.
A importância de ler não está só no estímulo direto que a criança recebe. O momento da leitura também cria vínculos com quem conta a história. Em um mundo cada vez mais digital, passa a ser ainda mais significativo um processo que envolve o manuseio de um livro por um bebê, a interação humana, o fazer caretas, a emissão dos diferentes sons e as perguntas que surgem ao longo da história. É o que torna a interação entre livro, criança e adultos algo mágico e saudável.
As evidências cientificas dos benefícios da leitura são muitas. Englobam desde o aumento do vocabulário, a facilitação da alfabetização, o aproveitamento escolar nos primeiros anos, a sociabilização, a melhora da resiliência e a prevenção ao estresse tóxico, tão prejudicial nesta fase etária. Todos sabemos que isso, quando ocorre na primeira infância, terá um impacto no resto da vida do indivíduo.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda o uso da leitura para crianças em situação de risco. Trata-se de uma ótima ferramenta de afeição, mesmo em lares sob estresse extremo. Além disso, cria rotinas e dá sensação de segurança para as crianças e seus pais, ajuda na prevenção de depressão dos adultos, diminui o tempo de tela e aumenta o estímulo cerebral – com melhora do vocabulário e de prontidão na pré-escola.
Os pediatras são incentivados a estimular os pais a lerem para seus filhos desde que saem da maternidade e estabelecerem uma rotina de leitura antes dormir ou em outros momentos. Conforme a criança vai crescendo, deve ser estimulada a interagir mais, segurando e manipulando o livro e apontando alguma coisa ou cor, por exemplo.
A Fundação José Luiz Egydio Setúbal acredita que, por meio da leitura de bons livros infantis, podemos ajudar a ter crianças mais saudáveis e a construir uma sociedade melhor.
Saiba mais:
https://institutopensi.org.br/a-medica-e-os-livros-infantis/
https://institutopensi.org.br/leitura-recomendada-livros-diversos-e-inclusivos-para-criancas/
https://institutopensi.org.br/usando-livros-para-conversar-com-criancas-sobre-raca-e-racismo/
https://institutopensi.org.br/livros-constroem-cerebros-e-ligacoes-afetivas/