O Instituto PENSI apresenta seu plano estratégico fundamentado em quatro pilares: pesquisa, ensino, transformação social e gestão-comunicação. Entre os destaques está o PAPE – PENSI Ambulatório Pediátrico, que ampliará consultas especializadas em até 50% nos próximos anos. Esse avanço contribuirá para reduzir filas do SUS. Na imagem, a rotina de atendimento a crianças e adolescentes com condições crônicas e complexas.
Movido por uma proposta que amplia seu compromisso com a transformação da saúde infantil no Brasil, o Instituto PENSI inicia 2025 disposto a realizar um plano estratégico que combina ciência, educação e impacto social para alcançar crianças em situação de vulnerabilidade, com foco especial de promoção e prevenção em saúde, incluindo a saúde mental e no fortalecimento de vínculos familiares.
“Promover impacto social por meio de pesquisa, ensino e cuidado, buscando equidade e sustentabilidade” é o objetivo que norteia o planejamento estratégico do instituto. Esse compromisso reflete a missão de transformar desafios estruturais em oportunidades concretas de melhoria da saúde infantil, por meio de modelagem de projetos que possam ser replicados e ganhar escala.
Inclusão
Para a diretora executiva do PENSI, Fátima Rodrigues Fernandes, o planejamento representa uma oportunidade de moldar o futuro de milhares de crianças. “É sabido que a saúde deve ser considerada o bem-estar num sentido amplo, ou seja: biológico (físico), psíquico (mental) e social. Nesse sentido, o PENSI se preocupa com a saúde integral das crianças e adolescentes.”
O plano é estruturado em quatro pilares fundamentais: pesquisa, ensino, transformação social e gestão-comunicação. Entre os destaques está o PAPE — PENSI Ambulatório Pediátrico, que ampliará consultas especializadas em até 50% nos próximos anos. Esse avanço contribuirá para reduzir filas do SUS, atendendo mais rapidamente tanto na puericultura quanto em especialidades pediátricas, incluindo neuropediatria e psiquiatria infantil. Outro objetivo do PAPE é integrar profissionais em formação, como residentes, para que recebam treinamento dirigido às práticas pediátricas em um ambiente real, fortalecendo tanto a qualidade do atendimento quanto a capacitação profissional.
Telessaúde
A integração com a telessaúde promete impactar significativamente o atendimento à distância, permitindo que famílias em áreas remotas acessem especialistas sem a necessidade de longos deslocamentos. Com uma parceria em 2024, o programa já alcançou comunidades do Nordeste, promovendo consultas em pediatria geral. “A telessaúde, que inclui teleconsulta, teleorientação e teleinterconsulta, pode tornar mais acessíveis o conhecimento e a assistência em saúde em áreas remotas, permitindo a ampliação do acesso e contribuindo para mitigar as desigualdades”, explica a dra. Fátima.
Na área de pesquisa, o instituto lidera estudos que buscam descobrir em detalhes como ambientes escolares e familiares influenciam o bem-estar emocional infantil. Dados recentes mostram que crianças expostas a estresse crônico têm maior probabilidade de desenvolver dificuldades de aprendizagem e transtornos emocionais. Além disso, estudos com aplicação de inteligência artificial e big data têm permitido identificar padrões de risco que ajudam na criação de intervenções mais precisas e personalizadas. “Para alimentar nossos dados de pesquisa e reforçar nossos cursos de graduação e pós-graduação, é muito importante termos um campo prático de atuação”, diz a diretora do PENSI. “Desta forma, conseguimos capacitar profissionais preparados para os desafios de cuidar de crianças e adolescentes em quaisquer comunidades, garantindo a equidade do cuidado”.
Governança
A governança estruturada em accountability e processos transparentes é outro ponto-chave do planejamento estratégico. Parcerias estratégicas, como com o Children’s Hospital de Boston, trazem intercâmbios de conhecimento bidirecional, enquanto colaborações nacionais fortalecem a atuação em populações vulneráveis. A parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, por exemplo, contribui para uma redução na fila de espera por consultas pediátricas pelo SUS, com impacto direto na redução de desigualdades no acesso à saúde. “As parcerias são essenciais para escalarmos um impacto relevante no cenário da saúde integral de crianças e adolescentes”, aponta a diretora executiva do instituto.
Outro exemplo relevante de governança é o compromisso com a medição de impacto. O planejamento prevê o uso de indicadores específicos para avaliar o sucesso de cada iniciativa, como o aumento na confiança de professores treinados pelo PENSI ou a redução do tempo médio de espera para consultas especializadas. Roteiro de ações práticas, o planejamento do PENSI tem metas claras, uso inovador de tecnologia e fortalecimento de parcerias estratégicas para gerar impacto real na saúde infantil.
Por Rede Galápagos
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