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Como fica a saúde das crianças diante da emergência climática?
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Como fica a saúde das crianças diante da emergência climática?

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17/09/2024
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O cientista Carlos Nobre junta-se a outros pesquisadores do clima e a especialistas em saúde infantil para debater sobre um dos maiores desafios contemporâneos no 7º Congresso Internacional Sabará-PENSI de Saúde Infantil, que acontecerá de 3 e 5 de outubro de 2024. Foto: Renato Lopes/Wikimedia Commons/File:Café Filosófico com Carlos Nobre em Ribeirão Preto (4192699413).jpg

Com a participação de alguns dos mais renomados especialistas em suas áreas, o seminário “Mudança Climática e Saúde Infantil” lança luz sobre questões urgentes. Tema de destaque no 7º Congresso Internacional Sabará-PENSI de Saúde Infantil, o evento concentra 8 horas de exposições e debates que atualizam o conhecimento sobre os efeitos das mudanças climáticas na saúde infantil, com exemplos de prevenção, tratamento, pesquisas e pontos de atenção. A intersecção entre o ambiente e a saúde humana é um campo de pesquisa vital e crescente, especialmente quando se trata de entender os impactos na saúde infantil. Com o agravamento das mudanças climáticas, o desafio exige uma abordagem interdisciplinar que envolva tanto as ciências da saúde quanto as ciências climáticas. Por isso, o seminário conta com a presença de cientistas que fazem o conhecimento avançar nessa área, como Carlos Nobre, um dos principais climatologistas do Brasil, que abordará modelos de atuação para preservar a saúde do planeta. Ele destaca como as novas gerações enfrentarão eventos climáticos extremos com uma frequência muito maior do que as gerações passadas, sublinhando a importância da adaptação a esses desafios.

Marilyn Urrutia-Pereira, referência em pediatria e saúde ambiental, enfatizará a necessidade de incorporar anamnese ambiental e a identificação de riscos em janelas de vulnerabilidade no desenvolvimento infantil. Já Marcelo de Paula Corrêa focará no impacto das exposições ambientais no exposoma, destacando como eventos climáticos extremos e poluição afetam especialmente as crianças.

William Cabral e Lígia Vizeu Barrozo explorarão o uso de inteligência artificial e big data na previsão de riscos à saúde infantil, enquanto Adriana Mallet discutirá o papel da telessaúde na sustentabilidade, mostrando como essas inovações reduzem emissões de carbono e ampliam o acesso a cuidados de saúde.

Cuidar do futuro: a pediatria na era das mudanças climáticas

Marilyn Urrutia-Pereira, professora e líder do Núcleo de Pesquisa Ambiente e Educação em Saúde na Unipampa, é uma das vozes centrais no seminário, trazendo à tona a importância da anamnese ambiental e dos efeitos da poluição em períodos críticos do desenvolvimento infantil. Sua atuação em comitês internacionais de alergia e imunologia reflete a urgência de preparar pediatras para enfrentar os desafios ambientais contemporâneos.

Crianças viverão muito mais ondas de calor do que seus pais e avós

Carlos Nobre, um dos principais climatologistas do Brasil, integra a Academia Brasileira de Ciências e foi autor do IPCC, ganhador do Nobel da Paz em 2007. No seminário sobre Clima e Saúde Infantil, Nobre apresentará “Modelos de atuação possíveis para preservar a saúde do planeta”. Ele alerta que um bebê nascido em 2020 enfrentará mais de 30 ondas de calor ao longo da vida, um número muito superior ao enfrentado por gerações anteriores. Sua palestra destacará estratégias para adaptação e mitigação dos efeitos climáticos, com foco na proteção da saúde das futuras gerações. Nobre é idealizador da proposta “Amazônia 4.0”, que visa preservar a floresta através de um modelo de bioeconomia sustentável e tecnologia avançada.

Exposoma: impacto das exposições ambientais na saúde infantil

Marcelo de Paula Corrêa, especialista em exposoma (a medida cumulativa de influências ambientais e respostas biológicas associadas, ao longo da vida) e diretor do Instituto de Recursos Naturais da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), abordará como as mudanças climáticas, a poluição e outros fatores ambientais afetam a saúde, com destaque para as crianças. Sua palestra “Eventos Climáticos Extremos e Impactos sobre a Sociedade” enfatizará a necessidade de políticas públicas e ações preventivas para mitigar os danos causados por exposições ambientais.

IA e geografia: prevendo riscos na saúde infantil

William Cabral, especialista em Geografia da Saúde, apresentará o uso da inteligência artificial na previsão de riscos respiratórios em crianças, destacando como os dados ambientais podem antecipar internações hospitalares. Saiba mais sobre as pesquisas do geógrafo William Cabral no Instituto PENSI nesta entrevista: A mudança climática no radar dos profissionais de saúde infantil.

Telessaúde e sustentabilidade: reduzindo carbono e ampliando acesso

Adriana Mallet, fundadora da SAS Brasil, apresentará a palestra “Como avaliar o impacto das ações de telessaúde na redução da emissão de carbono”, destacando como a telessaúde não só amplia o acesso a cuidados médicos, mas também reduz significativamente as emissões de carbono associadas a deslocamentos para consultas. Mallet demonstra como a inovação tecnológica é crucial para um sistema de saúde mais sustentável e acessível, especialmente em regiões remotas.

LVVH: detecção e redução da violência contra crianças e adolescentes em São Paulo

Ligia Vizeu Barrozo, pesquisadora do Instituto de Estudos Avançados da USP, coordena o Laboratório de Violência, Vulnerabilidade e Saúde (LVVH), projeto de Política Pública financiado pela FAPESP. O LVVH visa aprimorar a detecção de casos de violência contra crianças e adolescentes no município de São Paulo, onde 30,8% das notificações de violência em 2022 envolveram vítimas de 0 a 19 anos, sendo 70,2% do sexo feminino e ocorrendo em 69,8% dos casos no ambiente doméstico. A proposta inclui análise de dados secundários para identificar subnotificações e hotspots de violência, contribuindo para o aperfeiçoamento de políticas públicas e a implementação de estratégias de prevenção e intervenção. Métodos inovadores, como o uso de algoritmos para prever a probabilidade de violência com base em dados de saúde, buscam aumentar a notificação e o encaminhamento de casos suspeitos. A pesquisa apoia-se nas diretrizes INSPIRE da OMS e visa integrar ações intersetoriais para enfrentar a violência nas comunidades, incluindo planejamento urbano e melhorias habitacionais.

Conheça mais detalhes sobre este e outros seminários do 7º Congresso Internacional Sabará-Pensi de Saúde Infantil.

Por Rede Galápagos

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