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Alergia à penicilina relatada pode não ser alergia à droga
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Alergia à penicilina relatada pode não ser alergia à droga

Alergia à penicilina relatada pode não ser alergia à droga

11/08/2017
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Desde que era estudante de medicina no final da década de 70, ouço histórias de pais e pacientes que têm alergia à penicilina, contando que uma vez, quando tomaram a medicação ou um de seus derivados, tiveram uma “alergia”.

A penicilina é a causa de alergia a medicamentos mais comumente relatada em departamentos de emergência pediátrica, afetando a frequência com que os médicos prescrevem o antibiótico de primeira linha efetivo e barato. Um estudo bem interessante publicado na revista Pediatrics de agosto de 2017, no entanto, concluiu que muitas crianças com suspeita de alergia à penicilina não são realmente alérgicas ao medicamento.

Para o estudo “Testes de alergia em crianças com sintomas de alergia à penicilina de baixo risco”, foram entrevistados os pais de quase 600 crianças entre as idades de 4 e 18 anos que foram a um serviço de emergência pediátrico americano para responder a um questionário de alergia.

Com base em sintomas relatados pelos pais, como prurido e erupção cutânea, que foram confirmados pelo provedor médico, 100 crianças foram categorizadas como de baixo risco para alergia à penicilina e foram testadas. Todas as 100 crianças foram consideradas negativas para a alergia e a menção à alergia à penicilina foi retirada de seus prontuários médicos.

Os pesquisadores disseram que sintomas como erupções cutâneas podem ser causados ​​por infecção bacteriana ou viral, mas, muitas vezes, são mal interpretados como alergia quando os pacientes são tratados com penicilina. Como resultado, as crianças são submetidas a antibióticos de amplo espectro que podem ter mais efeitos colaterais, podem ser menos eficazes e podem contribuir para o aumento das infecções resistentes aos antibióticos.

Há muitos anos, no Brasil, também se usava pingar uma dose diluída de penicilina benzatina no olho da criança para ver se ficava vermelho e outros testes sem sentido. Felizmente, isso deixou de ser feito, pois o famoso “benzetacil” não pode mais ser dado em farmácias.

Esse estudo foi financiado em parte pela Academia Americana de Pediatria, Seção de Medicina de Emergência Ken Graff Award.

Leia também: De olho nas alergias!

Fonte: Pediatrics July 2017

Allergy Testing in Children With Low-Risk Penicillin Allergy Symptoms

David Vyles, Juan Adams, Asriani Chiu, Pippa Simpson, Mark Nimmer, David C. Brousseau

As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

Atualizado em 29 de outubro de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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