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Big data e poluição: quando o ar adoece as crianças
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Big data e poluição: quando o ar adoece as crianças

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05/06/2025
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O pesquisador William Cabral apresenta estudo feito pelo Instituto PENSI que cruza dados ambientais com atendimentos pediátricos para prever impactos da poluição

Um projeto desenvolvido pelo Instituto PENSI em parceria com o Sabará Hospital Infantil está revelando com precisão como a poluição atmosférica afeta diretamente a saúde infantil. A iniciativa, liderada pelo pesquisador William Cabral, foi apresentada durante o 7º Congresso Internacional Sabará-PENSI e envolve a aplicação de técnicas avançadas de georreferenciamento e big data para correlacionar episódios de atendimento pediátrico com a qualidade do ar nas regiões de residência dos pacientes.

“O ponto principal desse projeto foi automatizar todos os processos da pesquisa”, explicou Cabral. “Começamos com a geocodificação dos endereços dos pacientes para transformá-los em coordenadas geográficas. Depois, conectamos esses dados com os índices de poluição atmosférica da plataforma Qualar, da Cetesb.”

Com as coordenadas mapeadas, a equipe aplicou um processo de interpolação dos dados ambientais para estimar o nível de poluentes como MP10, ozônio, temperatura e umidade nas áreas onde moram as crianças atendidas. “Assim, conseguimos associar os picos de poluição e condições atmosféricas com o número de atendimentos por doenças respiratórias infantis no pronto-socorro”, relatou Cabral. “Os dados já mostram uma associação clara: dias de alta concentração de material particulado coincidem com aumento de atendimentos e em dias com baixa umidade relativa do ar ocorreram mais internações hospitalares por asma, bronquite e outras condições respiratórias.”

Segundo o pesquisador, o projeto avança agora para o desenvolvimento de modelos preditivos. “Nosso objetivo final é antecipar a demanda por atendimento médico com base na previsão da qualidade do ar. Com isso, podemos preparar melhor as equipes de saúde e também alertar as famílias e gestores sobre os riscos iminentes.”

Além de seu valor clínico, a iniciativa tem implicações diretas para políticas públicas. Os mapas gerados pelo projeto mostram que as áreas mais afetadas pela poluição são, em geral, as mais vulneráveis do ponto de vista socioeconômico. “Há uma sobreposição clara entre regiões periféricas, tráfego intenso, baixa arborização e maior número de atendimentos. Isso escancara uma injustiça ambiental que precisa ser enfrentada com urgência.”

A experiência liderada por William Cabral e equipe mostra como o uso inteligente de dados pode transformar a prática pediátrica, contribuindo para uma saúde ambientalmente consciente, territorializada e proativa.

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