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Atualizações em tratamentos, casos clínicos e troca de experiências marcaram o VI Simpósio de Oncologia e Hematologia Pediátrica, realizado no último sábado (23/11) no Milenium Centro de Convenções, em São Paulo. O evento, que foi promovido pelo Instituto PENSI, reuniu diversos profissionais do Sabará Hospital Infantil e de instituições parceiras, como o Hospital Santa Marcelina, Centro Infantil Boldrini e Seattle Cancer Care Alliance, da Escola de Medicina da Universidade de Washington. O Simpósio contou com quatro mesas temáticas: leucemia na criança com Síndrome de Down, urgências em oncologia pediátrica no momento atual, hemoterapia e estado da arte em Pediatria.
Entre os destaques do evento, Dr. Kleber Yotsumoto Fertrin comentou sobre os aparelhos que realizam hemogramas e fornecem dados mais sofisticados, além dos habituais. “É possível calcular e liberar outros parâmetros que facilitam avaliar o que aquele paciente tem, por exemplo, se a anemia é por falta de ferro ou infecção, etc.”, destaca Dra. Sandra Loggetto, hematologista do Sabará Hospital Infantil e umas das responsáveis pela comissão científica do simpósio ao lado do Dr. Sidnei Epelman.
Já em hemoterapia, Dra. Ana Paula Carrijo Rodrigues apresentou um resumo sobre os eventos adversos que podem acontecer em crianças que transfundem, o que exige preparo e uma conduta rápida da equipe. Outro ponto abordado no Simpósio pela Dra. Mônica de Almeida Veríssimo foi sobre a transfusão em pacientes com anemia falciforme, caso clínico bastante frequente no Sabará, e em pacientes oncológicos. Essas condições são delicadas e cheias de particularidades, exigindo da equipe condutas específicas.
Como fazer a analgesia em crianças com anemia falciforme ainda é um assunto cheio de questões e diversos vieses. De olho nisso, durante o VI Simpósio de Oncologia e Hematologia Pediátrica, Dra. Sandra Loggetto apresentou em sua palestra orientações baseadas em evidências científicas sobre o uso correto de morfina. “Ainda há um receio de prescrever a morfina para crianças. Nós sabemos que é o melhor tratamento, desde que seja feito de forma correta: com dose e intervalo adequados. A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza a morfina como tratamento para dores mais fortes”, destacou a médica.
Também foram discutidos no Simpósio questões sobre tromboses em crianças internadas – diagnóstico e tratamento com apoio do pediatra e intensivista – e sobre a Síndrome Hemofagocítica que é uma condição bem grave, mas se diagnosticada precocemente é possível ser tratada e trazer ganhos para a sobrevida dos pacientes.