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O perfil do vegetariano ultrapassou os estereótipos das últimas décadas e hoje atrai de adeptos da alimentação natural até quem não dispensa junk food. Inédita, nova pesquisa Ibope Inteligência aponta que 14% dos brasileiros com mais de 16 anos – cerca de 22 milhões de pessoas – concordam parcial (6%) ou totalmente (8%) com a afirmação “sou vegetariano”.
As pessoas se tornam vegetarianas por muitas razões, incluindo saúde, convicções religiosas, preocupações com o bem-estar animal ou o uso de antibióticos e hormônios no gado, ou o desejo de comer de uma maneira que evite o uso excessivo de recursos ambientais.
Tradicionalmente, a pesquisa sobre vegetarianismo se concentrava principalmente em potenciais deficiências nutricionais, mas nos últimos anos, o pêndulo balançou para o outro lado, e os estudos estão confirmando os benefícios para a saúde da alimentação sem carne. Atualmente, a alimentação baseada em vegetais é reconhecida não apenas como nutricionalmente suficiente, mas também como uma forma de reduzir o risco de muitas doenças crônicas.
A menos que você siga as orientações recomendadas sobre nutrição, o consumo de gordura e o controle de peso, tornar-se vegetariano não será necessariamente bom para você. Uma dieta de refrigerante, pizza de queijo e doces, afinal, é tecnicamente “vegetariana”. Para a saúde, é importante ter certeza de que você come uma grande variedade de frutas, verduras e grãos integrais. Também é vital substituir gorduras saturadas e trans com gorduras boas, como as encontradas em nozes, azeite de oliva e óleo de canola.
Você pode obter muitos dos benefícios de saúde de ser vegetariano sem passar este caminho um exemplo, é a dieta mediterrânea – conhecido por estar associado a uma vida mais longa e a um risco reduzido de várias doenças crónicas – apresenta uma ênfase nos alimentos vegetais com um uso moderado da carne. Só você pode decidir se uma dieta vegetariana é ideal para você. Estritamente falando, os vegetarianos são pessoas que não comem carne, aves ou frutos do mar. Mas pessoas com muitos padrões alimentares diferentes se autodenominam vegetarianos, incluindo os seguintes:
Em comparação com comedores de carne, os vegetarianos tendem a consumir menos gordura saturada e colesterol e mais vitaminas C e E, fibra dietética, ácido fólico, potássio, magnésio e fitoquímicos (produtos químicos vegetais), como carotenóides e flavonóides. Como resultado, é provável que tenham menor colesterol total e LDL (ruim), menor pressão arterial e menor índice de massa corporal (IMC), todos associados à longevidade e à redução do risco de muitas doenças crônicas.
Mas ainda não há dados suficientes para dizer exatamente como uma dieta vegetariana influencia a saúde em longo prazo. É difícil distinguir a influência do vegetarianismo de outras práticas que os vegetarianos são mais propensos a seguir, como não fumar, não beber excessivamente e fazer exercícios adequados. Para crianças pequenas, nos primeiros anos de vida, existem substâncias que são essenciais na dieta e que precisam ser bem orientadas.
Proteína. Pesquisas mostram que os ovo-lacto vegetarianos geralmente obtêm a quantidade diária recomendada de proteína, que é facilmente obtida de produtos lácteos e ovos.
Vitamina B 12 . A vitamina B 12 é encontrada apenas em produtos de origem animal, mas esses produtos incluem alimentos lácteos e ovos, por isso a maioria dos vegetarianos obtêm tudo o que precisam. Se você evitar produtos de origem animal por completo, você deve comer alimentos enriquecidos com vitamina B 12 para evitar uma deficiência, o que pode causar problemas neurológicos e anemia perniciosa.
Ferro. Estudos mostram que, nos países ocidentais, os vegetarianos tendem a obter a mesma quantidade de ferro que os comedores de carne. Mas o ferro na carne (especialmente carne vermelha) é mais prontamente absorvido do que o tipo encontrado em alimentos vegetais, conhecido como ferro não-heme. A absorção de ferro não-heme é reforçada pela vitamina C e outros ácidos encontrados em frutas e vegetais, mas pode ser inibida pelo ácido fítico em grãos integrais, feijões, lentilhas, sementes e nozes. A anemia é uma das condições que necessita ser acompanhada em crianças vefetarianas.
Zinco. O ácido fítico em grãos integrais, sementes, feijões e legumes também reduz a absorção de zinco, mas os vegetarianos nos países ocidentais não parecem ser deficientes em zinco.
Ácidos gordurosos de omega-3. Dietas que não incluem peixe ou ovos são pobres em EPA e DHA. Nossos corpos podem converter ALA em alimentos vegetais para EPA e DHA, mas não de forma muito eficiente.
Como orientação aos pais que adotam dietas vegetarianas para seus filhos, aconselhamos alguns cuidados:
1- Acompanhe as medições de crescimento e desenvolvimento de seu filho;
2- Visite regularmente um pediatra para ver se há sinais de carências de elementos como vitamina B, ferro, cálcio etc.;
3- Procure acompanhamento de uma nutricionista que conheça as dietas vegetarianas e não tenha preconceitos em relação a este tipo de alimentação;
4- Em fases de grande crescimento (primeiro ano de vida e início da puberdade) este acompanhamento deve ser feito mais frequentemente;
5- Lembre-se: Quanto mais restrita a dieta e mais nova a criança, maior o risco de deficiências.
Saiba mais sobre este assunto:
Autor: Dr. José Luiz Setúbal
Fonte:
As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para os cuidados médicos e os conselhos do seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que seu pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.
mensagem enviada
Vcs estão falando sobre o óleo de canola. Uso o de girassol porque ouví falar que “canola” não existe e o tal óleo seria uma mistura de substâncias desconhecidas. Tem fundamento isso?