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Não bastasse a pandemia de coronavírus, temos agora que conviver com a volta do sarampo. Isso mesmo, o sarampo está de volta. O vírus do sarampo gosta do frio e com a chegada do outono e a aproximação do inverno ele está de volta pelas terras brasileiras, e pelo jeito vem com tudo, mesmo com o isolamento social. Pelo menos é o que indicam os números dos primeiros meses do ano.
A queda na vacinação durante a pandemia já preocupa a OMS (Organização Mundial de Saúde) que em comunicado com a Unicef, preveem que 117 milhões de crianças podem ficar sem vacina do sarampo por causa da Covid-19 no mundo. A estimativa considera que 24 países tiveram vacinações canceladas em meio a pandemia e 13 planejavam a suspensão de campanhas até então.
No Brasil, neste ano, o total de casos confirmados já chega a mais de 3.200 registros no início de maio. Atualmente, o país tem transmissão ativa do sarampo em 19 estados, sendo que em cinco deles concentram 96% dos registros atuais: Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. No Rio de Janeiro, já são 826 casos, quase o dobro do registrado em todo o ano passado, quando houve 496.
Sem dúvida, o distanciamento já está repercutindo na vacinação de rotina, com menor adesão. Embora a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo tenha organizado estratégias para manter a vacinação, como a oferta de vacina com agendamento ou em espaços abertos dentro de escolas.
Há alguns anos falamos para os pais da importância de não atrasarmos atrasar a vacinação das crianças, porque isso poderia aumentar o risco de surtos, sobrecarregando os hospitais com doenças evitáveis. Isso nesta época de pandemia acaba preocupando ainda mais, sobretudo agora com a chegada dos dias mais frios.
Se você tem uma criança próxima de você, procure saber se ela está vacinada para sarampo e outras doenças evitáveis e fique atento à todas as doenças e não só ao coronavírus. Não perca as consultas com seu pediatra e se ela faz algum tratamento, não deixe de fazê-lo e de acompanhar com os exames necessários para que ela possa ser sempre bem seguida.
Saiba mais:
Calendário vacinal em tempos de coronavírus