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Pais envolvidos ajudam no crescimento das crianças
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Pais envolvidos ajudam no crescimento das crianças

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26/08/2016
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Pais estão envolvidos na vida de seus filhos mais do que nunca, e as evidências mostram que a maneira de falar e interagir com as crianças tem grande impacto na saúde e que podem ser únicos e complementares ao papel das mães.

No entanto, os pais ainda enfrentam barreiras culturais e velhos estereótipos, de acordo com a Academia Americana de Pediatria (AAP), em seu primeiro relatório clínico sobre a paternidade desde 2004.

O relatório “O papel dos pais no cuidado e desenvolvimento de seus filhos: o papel do pediatra” encoraja pediatras a iniciarem conversas com os homens e incentivar a sua participação, a partir do nascimento. A revisão da pesquisa examina grupos de pais que refletem uma população mais diversificada do que no passado, incluindo famílias de militares, pais anteriormente encarcerados, pais de grupos minoritários e casais do mesmo sexo.

O relatório, baseado em uma onda de novos estudos publicados na década passada, foi publicado na edição de julho de 2016 da revista Pediatrics.

Os pais realmente têm um impacto bastante impressionante sobre a saúde de seus filhos, incluindo como se saem na escola, o quão bem eles se dão com os amigos e se as crianças passam por problemas como abuso de substâncias ou delinquência. Os pediatras podem incentivar os pais a se envolverem.

A AAP define “pai” de forma ampla como a pessoa do sexo masculino identificada como mais envolvida no cuidado com a criança, independentemente da situação ou relação biológica. Em algumas famílias, este papel é preenchido por um avô, pai adotivo, o pai não residente ou outro homem que esteja comprometido com o bem-estar da criança.

De acordo com a AAP, pais influenciam a saúde de seus filhos de maneiras específicas, incluindo:

  • Brincadeiras de um pai tendem a serem mais estimulantes. A partir das chamadas interações “rolar e cair” os pais podem desafiar as crianças a explorar e assumir riscos de segurança, enquanto interações menos intensas com mães proporcionam segurança e equilíbrio.

 

  • Os pais são mais propensos a introduzir novas palavras quando falam com um bebê ou criança pequena, o que pode acelerar o desenvolvimento da linguagem.

 

  • Adolescentes com pais envolvidos são menos propensos a se envolverem em comportamentos de alto risco e são menos propensos a sofrer de depressão. Meninas com pais envolvidos desde uma idade precoce têm um risco diminuído de puberdade precoce ou de experiências sexuais e gravidez antes do tempo.

 

  • Poucos estados e empresas norte-americanas começaram a oferecer políticas de licença-paternidade que permitem que os pais passem mais tempo com seus filhos. No Brasil, já existem algumas iniciativas neste sentindo.

 

  • “Apesar das pressões no trabalho e da sociedade, incentivar os pais a envolverem-se desde cedo com os seus filhos pode fazer uma grande diferença no seu nível de conforto e confiança em cuidar das crianças”, disse o Dr. Craig Garfield, coautor do relatório.

A AAP apoia ainda licença parental remunerada para ambos, pais e mães.

Leia também: Ele não sabe brincar como eu – ou 5 coisas que você precisa saber antes de criticar o brincar de um pai

Fonte:  Pediatrics, July 2016, VOLUME 138 / ISSUE 1 – From the American Academy of Pediatrics Clinical Report Fathers’ Roles in the Care and Development of Their Children: The Role of Pediatricians

Michael Yogman, Craig F. Garfield, COMMITTEE ON PSYCHOSOCIAL ASPECTS OF CHILD AND FAMILY HEALTH

Atualizado em 23 de setembro de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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