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A segurança do paciente é um desafio global das organizações de saúde e de saúde pública mundial. O relatório “Errar é humano” emitido em 1999 pelo Instituto de Medicina dos EUA, que pode ter resultado em maior conscientização sobre os erros médicos do país, apresentou dados alarmantes em relação ao número de mortes, em torno de 48.000 a 98.000 por ano. Atualmente, estima-se mais de 400.000 mortes por erros na área da saúde, a despeito das medidas e políticas instituídas mundialmente. De olho nisso, tem crescido a procura pela simulação realística, uma metodologia de treinamento inovadora, apoiada por tecnologias de alta complexidade.
Por meio de uma estruturação que reproduz cenários clínicos, é capaz de replicar experiências da vida real e favorecer um ambiente participativo e de interatividade, permitindo experiência prática, em ambiente seguro, seguida de reflexão guiada. Esta técnica tem impacto relevante tanto no conhecimento quanto em habilidades e atitudes relacionadas à prática profissional.
Com o objetivo de melhorar os resultados de erros, a simulação realística usada para a formação e treinamento dos profissionais da área da saúde tem crescido como uma das estratégias para o desenvolvimento de habilidades técnicas e não técnicas. As habilidades técnicas são constituídas em geral de procedimentos específicos de cada especialidade, e as habilidades não técnicas envolvem as competências cognitivas e comportamentais, complementando o treinamento para o desempenho da prática do profissional com qualidade e segurança.
Consciência situacional, tomada de decisão, comunicação, trabalho em equipe, liderança, gerenciamento de conflito e fadiga são habilidades essenciais para as atividades que envolvem alto risco, como os serviços de saúde. Nesse contexto, a simulação realística em saúde tem sido uma estratégia explorada nos hospitais e centros de ensino para proporcionar um ambiente reflexivo e de transformação para o desenvolvimento de competências essenciais ao cuidado centrado no paciente e alcance dos objetivos e resultados propostos neste processo de aprendizagem e aprimoramento.
O Sabará Hospital Infantil por meio do Instituto PENSI há nove anos vem fornecendo educação continuada aos profissionais técnicos e há sete anos treinamentos com simulações realísticas com universidades parceiras. Agora, a partir de outubro deste ano, passamos a contar com uma nova unidade de simulação realística, dotada de um robot-simulador de última geração, o Simbaby, que representa um paciente pediátrico de 9 meses bastante realista, que atende aos objetivos específicos de aprendizagem voltados para a avaliação e tratamento em situações graves.
Com ele poderemos capacitar nossos médicos, enfermeiros, residentes, técnicos, fisioterapeutas e outros profissionais de saúde. Nesta unidade do Instituto PENSI contamos com toda estrutura para treinamento de várias habilidades técnicas em outros modelos de bonecos, que se somarão aos procedimentos de aquisição de conhecimento técnico e treinamento de competências cognitivas e comportamentais.
Todo nosso esforço está na formação de profissionais melhores para que nossos pacientes recebam o melhor e mais seguro atendimento médico pediátrico do Brasil.