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Nosso país é abençoado pela natureza, como diz a música de Jorge Ben Jor, mas o fato de não termos invernos rigorosos e não vermos muitas mortes por gripe, não quer dizer que isso não aconteça por aqui. Na epidemia de gripe por H1N1, as pessoas entraram em pânico ao descobrirem que a doença mata. Em um interessante artigo publicado pela revista Pediatrics dados sobre o assunto são analisados.
A cada ano, a gripe é responsável por cerca de 54 mil das 430 mil internações hospitalares e 3 mil das 49 mil mortes nos EUA, com as taxas de infecção mais elevadas entre as crianças. No estudo, pesquisadores revisaram dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) nos registros de crianças com idades entre zero e 18 anos, com gripe confirmada laboratorialmente.
De outubro de 2004 a setembro de 2012, 830 óbitos pediátricos associados à influenza foram relatados. 35% dessas crianças (média de 7 anos) morreram antes da internação. Das 794 crianças com um histórico médico conhecido, 43% não tinham condições médicas de alto risco, 33% tinham distúrbios neurológicos e 2% tinham doenças genéticas ou cromossômicas. Aquelas sem condições médicas de alto risco tinham mais probabilidade de morrerem antes, ou dentro de três dias, em internação hospitalar que aqueles com condições médicas de alto risco.
Enquanto a gripe pode ser fatal em crianças com e sem fatores de risco, os autores do estudo recomendam que todas devem receber vacinas anuais contra a gripe. Além disso, as que são hospitalizadas por causa da doença devem receber um tratamento antiviral o mais rápido possível.
Este alerta vale para nós, brasileiros, que costumamos confundir gripe com resfriado, e achamos que é tudo a mesma coisa e não doenças potencialmente graves.
Fonte: Influenza-Associated Pediatric Deaths in the United States | Pediatrics
Atualizado em 27 de maio de 2024