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A primeira infância vai definir muito do que somos como pessoas, nossa saúde, nossa psique e nossos hábitos. Estes primeiros anos são cruciais para o desenvolvimento do cérebro e os alimentos desempenham um papel importante.
O cérebro se desenvolve muito nos primeiros 1.000 dias, período que se inicia durante a gravidez e continua até os dois anos de vida. Esta fase é como um andaime do nosso cérebro e literalmente define como ele funcionará para o resto da vida. Os nervos crescem, se conectam e ficam cobertos de mielina, criando os sistemas que decidem como uma criança – e o adulto que ela se torna – pensa e sente. Essas conexões e mudanças afetam os sistemas sensoriais, o aprendizado, a memória, a atenção, a velocidade de processamento, a capacidade de controlar os impulsos e o humor, e até mesmo a capacidade de realizar múltiplas tarefas ou planejar.
Essas conexões e mudanças não podem ser desfeitas. Como o cérebro começa a vida é como ficará no restante dela até nossa morte. O ambiente em que a criança vive e como ela é amada e nutrida é crucial para essas conexões e mudanças. A amamentação também pode fazer uma grande diferença, não apenas porque o leite materno é o primeiro alimento perfeito, mas também por causa do contato próximo com a mãe, que faz parte da amamentação.
Existem também certos nutrientes que são necessários para o desenvolvimento saudável do cérebro. Eles incluem:
1- Proteína. A proteína pode ser encontrada em carnes, aves, frutos do mar, feijões e ervilhas, ovos, produtos de soja, nozes e sementes, bem como laticínios;
2- Zinco. A comida que tem mais zinco, curiosamente, são as ostras – mas o nutriente também é encontrado em muitas carnes, peixes, laticínios e nozes;
3- Ferro. Carnes, feijões e lentilhas, cereais fortificados e pães, vegetais folhosos escuros e batatas assadas estão entre as melhores fontes de ferro;
4- Colina. Carne, laticínios e ovos têm muita colina, mas muitos vegetais e outros alimentos também;
5- Acido Fólico. Este nutriente, que é especialmente importante para as grávidas, pode ser encontrado no fígado, espinafre, cereais fortificados e pães, bem como em outros alimentos;
6- Iodo. As algas marinhas são uma ótima fonte de iodo, mas também obtemos sal iodado, frutos do mar, laticínios e grãos enriquecidos;
7- Vitamina A. Fígado, cenoura, batata-doce e espinafre são boas fontes dessa vitamina;
8- Vitamina D. Essa é a “vitamina do sol”, e a melhor maneira de obtê-la é sair de casa. A carne de peixes gordurosos, como o salmão, tem a vitamina, assim como o óleo de fígado de peixe, e produtos fortificados com ele, como o leite fortificado;
9- Vitamina B6. As melhores fontes de vitamina B6 são fígado e outras carnes, peixes, batatas e outros vegetais ricos em amido e frutas (não cítricas);
10- Vitamina B12. A vitamina B12 é encontrada naturalmente em produtos de origem animal, como carne, peixe, ovos e laticínios;
11- Ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa. Um exemplo é o dos ácidos graxos ômega-3. Estes são mais facilmente encontrados em peixes gordurosos e óleos de peixe, mas podem ser encontrados em alguns outros óleos e muitos alimentos também são fortificados com eles.
Para algumas mulheres grávidas e crianças, obter todos esses nutrientes pode ser um desafio. Famílias vegetarianas, especialmente aquelas que são veganas, podem achar isso particularmente desafiador. Reunir-se com um nutricionista pode ser útil.
Muitas famílias têm dietas limitadas, com muito amido, sem grande quantidade de legumes ou peixe. Em alguns casos, não é porque escolhem não comer esses alimentos – é porque não podem pagar por eles. Carnes, peixes e legumes frescos podem ser caros.
Como país e mundo, precisamos trabalhar juntos para garantir que todas as crianças tenham o melhor começo possível.
A Primeira Infância é uma das áreas que a Fundação José Luiz Egydio Setúbal atua, com projetos sociais em parcerias importantes e com uma equipe de pesquisa nessa área no Instituto Pensi.
Saiba mais sobre este assunto:
Fonte: Harvard Health Publications
As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para os cuidados médicos e os conselhos do seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que seu pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.
Atualizado em 9 de dezembro de 2024