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Acidentes com triciclo infantil foram a causa mais comum de mortes relacionadas com o brinquedo em crianças em 2012. Ainda há poucas pesquisas disponíveis ao público sobre lesões relacionadas aos triciclos na população pediátrica nos Estados Unidos e acredito que o mesmo ocorra no Brasil.
No estudo divulgado pela revista Pediatrics de outubro, são apresentados os dados sobre lesões em crianças com menos de 18 anos de idade que foram examinados a partir do Sistema Nacional de Vigilância Eletrônica para Traumas entre 2012 e 2013 nos EUA.
Em um número estimado de 9.340 lesões relacionadas com triciclos tratadas nos serviços de emergência dos EUA, os pacientes com idades entre 1 e 2 anos representaram 52% dos casos e os meninos responderam por 64% dos que apresentaram ferimentos.
Este estudo demonstrou que o tipo mais comum de lesão associada ao brinquedo é uma laceração, em geral na face. Lesões nos órgãos internos foram o tipo mais comum em crianças de 3 a 5 anos. A cabeça é a parte mais frequentemente atingida em crianças que usam triciclos, ressaltando, portanto, a importância do uso de capacete.
Os autores do estudo concluem que, embora existam menos acidentes de triciclo que exigem uma visita ao departamento de emergência, em comparação aos acidentes de bicicleta, lesões e mortes associadas com triciclos são uma preocupação importante e os pais são incentivados a discutir a segurança deste brinquedo com seu pediatra.
Procurei dados no Hospital Infantil Sabará ou em publicações brasileiras, mas infelizmente não achei estes dados disponíveis. Porém, não há nada que nos leve a crer que as coisas por aqui sejam diferentes. Recomendamos aos pais que usem o capacete e que estejam sempre por perto de seus filhos quando estiverem brincando com triciclos, bicicletas e outros brinquedos do tipo.
Leia mais sobre o tema no texto: Seu filho está pronto para um triciclo?
Fonte: Pediatrics: oct 2015 – Article Tricycle Injuries Presenting to US Emergency Departments, 2012–2013
As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.
Atualizado em 26 de agosto de 2024