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Um estudo muito interessante mostrado na revista Pediatrics, edição de novembro de 2017, mostra que crianças de famílias latinas imigrantes nos Estados Unidos tiveram maior exposição a “Experiências Adversas de Infância” (EAIs) quando foi medida a dificuldade econômica da família, mas menor exposição em relação às EAIs potencialmente prejudiciais para a saúde.
Os autores do estudo “Experiências adversas da infância entre crianças latinas em famílias imigrantes versus famílias nativas dos EUA” encontraram dados como:
As crianças latinas em famílias imigrantes compõem mais da metade de todas as crianças imigrantes nos Estados Unidos.
Os pesquisadores examinaram dados da Pesquisa Nacional de Saúde Infantil do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, 2011-2012, com uma amostra de 12.162 crianças latinas. Mais crianças em famílias de imigrantes viviam no nível de pobreza federal ou abaixo, em comparação com crianças em famílias nativas dos EUA (80%, em comparação com 47%). 30% das crianças em famílias nativas dos EUA relataram dois ou mais EAIs ou eventos de vida estressantes que podem aumentar a chance de comportamento de alto risco e doenças crônicas em adultos, em comparação com apenas 16% das crianças em famílias imigrantes.
Autores do estudo disseram que pode haver fatores culturais não medidos entre as famílias de imigrantes que amortecem crianças hispânicas da exposição à EAI. Outra razão possível por trás dos resultados que eles citam é que as experiências de infância estressantes específicas para crianças imigrantes, como a separação dos pais da deportação, não estão incluídas nas medidas tradicionais da exposição à EAI.
Como já mencionamos dezenas de vezes neste Blog, a importância de uma primeira infância (de zero a seis anos) sadia, livre de situações de estresse tóxico, irão influenciar o restante da vida do indivíduo.
Leia também:
O estresse tóxico e seus efeitos ao longo da vida
Determinantes sociais da saúde infantil
Saiba mais:
http://veja.abril.com.br/economia/investir-na-crianca-e-mais-eficaz-que-distribuir-renda-diz-nobel/
Fonte: Pediatrics October 2017
Tania Maria Caballero, Sara B. Johnson, Cara R. Muñoz Buchanan, Lisa Ross DeCamp
As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.
Atualizado em 6 de novembro de 2024