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Sucesso e felicidade nos esportes e na vida
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Sucesso e felicidade nos esportes e na vida

Sucesso e felicidade nos esportes e na vida

25/10/2016
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Em que mundo vivem nossas crianças e adolescentes hoje? O que estamos deixando de herança para eles? Quais são as experiências que realmente importam a eles e que farão sentido em suas vidas? Como se confrontam com os problemas, com as frustrações, com as perdas e derrotas? Existem limites e regras?

Vivemos a era tecnológica, das respostas imediatas, das agendas lotadas, dos mil e um compromissos, dos estudos desesperados em busca de um lugar nas melhores universidades. Vivemos a era do já, do agora, do “eu quero”, do “não posso perder”. Vivemos a era dos conflitos: quem afinal somos nós? Quem são nossos filhos? Quem são as crianças do século XXI? Quem são os adolescentes de hoje que exigem seus direitos e não conhecem seus deveres?

Viktor Frankl, psiquiatra e fundador da Logoterapia, depois de viver por três anos como prisioneiro de campos de concentração na Alemanha, dizia a seus alunos: “Não procurem o sucesso. Quanto mais o procurarem e o transformarem num alvo, mais vocês vão errar. Porque o sucesso, como a felicidade, não pode ser perseguido; ele deve acontecer, e só tem lugar como efeito colateral de uma dedicação pessoal a uma causa maior do que a pessoa, ou como subproduto da rendição pessoal a outro ser. A felicidade deve acontecer naturalmente, e o mesmo ocorre com o sucesso; vocês precisam deixá-lo acontecer não se preocupando com ele. Quero que vocês escutem o que sua consciência diz que devem fazer e coloquem-no em prática da melhor maneira possível. E então vocês verão que a longo prazo – estou dizendo: a longo prazo! – o sucesso vai persegui-los, precisamente porque vocês esqueceram de pensar nele”.

No esporte o mesmo acontece. A vitória é o ápice e consequentemente o dinheiro e a fama. Mas na verdade qual o objetivo da competição? Competir consigo mesmo ou com o adversário? O correto deveria ser o atleta competir contra ele mesmo em benefício de melhores desempenhos. Afinal, o alvo é tanto mais difícil de conquistar quanto mais nos fixamos nele. Então, não devemos pensar na vitória? Claro que devemos! Devemos ter confiança em nós mesmos. Mas ela não deve ser o fim único. O paraquedista Kim Adams dizia “o verdadeiro atleta só compete consigo mesmo!”

Mas qual a relação disso com nossas crianças e adolescentes? Tudo! Hoje nossas crianças e adolescentes pensam apenas na vitória. Na vitória sem treino, sem estudo, sem luta e sem sacrifício. E quando não conseguem, se frustram a ponto de desistirem do objetivo proposto. E por quê? Porque o que importa é unicamente a vitória e o sucesso imediatos, independente dos caminhos a serem percorridos. Sucesso e vitória acontecem em nossas vidas quando encontramos o verdadeiro sentido do caminho que seguimos, das escolhas que fazemos, das decisões que tomamos, do amor que depositamos em nossas ações. Chorar faz parte. Sorrir faz parte. Lutar faz parte. Sacrificar-se faz parte. Perder faz parte. O que precisamos ensinar a nossas crianças e adolescentes é a responder, ou pelo menos tentar responder, a uma só questão: “o que é que dá sentido a toda uma vida?”

Leia também: Competitividade na infância

Atualizado em 27 de setembro de 2024

Maria Helena Sampaio de Castro d'Ancora

Maria Helena Sampaio de Castro d'Ancora

Maria Helena Sampaio de Castro d'Ancora é formada em Educação Física e Esporte. Possuí especialização em Psicomotricidade e Análise Existencial/Logoterapia com ênfase na educação. Trabalha com crianças e adolescentes há 20 anos atuando na área de avaliação, estimulação e reabilitação psicomotora. Praticante de esportes desde pequena divide seu tempo entre o trabalho, treinos de corrida e seus filhos Luca (14) e Pedro (7) que herdaram sua paixão pelos esportes.

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