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Telessaúde e sustentabilidade: a experiência com a SAS Brasil
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Telessaúde e sustentabilidade: a experiência com a SAS Brasil

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05/06/2025
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A telessaúde tem reduzido emissões de carbono e ampliado o acesso à saúde em territórios remotos. Instituto PENSI e SAS constroem uma parceria que avança no atendimento pediátrico à distância no sertão do Ceará. Na imagem, a médica Adriana Mallet. Foto: Victoria Serrano

Durante o 7º Congresso Internacional Sabará-PENSI de Saúde Infantil, a médica Adriana Mallet apresentou dados que demonstram como a telessaúde pode contribuir de maneira significativa para a redução da pegada de carbono no setor de saúde. “Para ter uma ideia do que significa a pegada de carbono, a gente tem 63 milhões de toneladas de CO₂ sendo emitidas só com o transporte de pacientes”, afirmou.

Mallet é uma das lideranças da SAS Brasil, organização que desenvolveu a plataforma CompenSAS — uma calculadora que estima créditos de carbono a partir da substituição de atendimentos presenciais por telemedicina. “Converter atendimento presencial em remoto já é realidade. Em 2023, vimos um aumento de 172% nos atendimentos remotos. Isso pode ser uma grande solução para mudar essa realidade do setor de saúde como grande colaborador do impacto ambiental.”

A médica compartilhou os resultados do uso das Unidades de Telemedicina Avançada (UTAs), contêineres equipados para atendimentos médicos, instalados em municípios com menos de 30 mil habitantes. “Em 2020, com apenas 4 unidades, evitamos 2,5 milhões de quilômetros em deslocamentos. Quanto dá isso em combustível? Quanto dá isso em emissão de CO₂?”, questionou.

Segundo Mallet, “um paciente que está na Região Norte teria de se deslocar para um estabelecimento de saúde do SUS, a 500 ou 600 quilômetros — se vocês acham que isso é raridade, saibam que 65 milhões de brasileiros precisam se deslocar mais de 300 quilômetros para qualquer atendimento de especialista”.

Desde sua fundação, em 2013, a SAS Brasil é uma organização social que se destaca por levar atendimento médico especializado a comunidades remotas e em situação de vulnerabilidade no país. Com o advento da pandemia de Covid-19, a SAS Brasil adaptou suas operações, implementando soluções de telemedicina para continuar atendendo populações vulneráveis.

A telessaúde tem sido uma ferramenta fundamental para a SAS Brasil. Por meio de plataformas digitais, a organização conecta pacientes em regiões remotas a médicos especialistas, possibilitando consultas, diagnósticos e orientações sem a necessidade de deslocamento. Essa abordagem amplia o acesso à saúde, reduz custos e otimiza recursos. Um exemplo notável é a parceria com o Instituto PENSI, que visa oferecer atendimento pediátrico à distância a comunidades no sertão do Ceará.

A inovação é um pilar central das atividades da SAS Brasil. Em colaboração com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a organização lançou o primeiro laboratório de ensino e inovação social em saúde digital do Brasil, denominado Living Lab. Esse espaço serve como um polo de disseminação de modelos assistenciais baseados em telemedicina, permitindo consultas e exames remotos, além de promover cursos e treinamentos na área de saúde digital.

Parcerias com empresas privadas também têm sido fundamentais para o sucesso da SAS Brasil. A Roche, por exemplo, apoia a organização há nove anos, fornecendo recursos financeiros, testes de diagnóstico e voluntários. Essa colaboração possibilitou a criação das UTAs, que facilitam o atendimento em diversas especialidades.

O impacto das ações da SAS Brasil é evidente nos números: mais de 1,5 milhão de pessoas beneficiadas em mais de 350 cidades de 24 estados brasileiros. Esse trabalho tem sido reconhecido nacional e internacionalmente, consolidando a organização como uma referência em soluções inovadoras para o acesso à saúde em áreas vulneráveis.

“Muita gente ainda não enxerga que quando se fala em telessaúde o foco não é somente tecnologia”, concluiu Mallet. “Mas, principalmente e cada vez mais, trata-se de acesso, equidade e compromisso ambiental.”

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