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Estamos sempre dando alertas para a vacinação de sarampo, pois após muitos anos de silêncio, a doença voltou a aparecer em algumas regiões do mundo, como a Califórnia, estado americano. Este surto serve de lembrete da vulnerabilidade das crianças que não estão imunizadas.
O surto de sarampo que começou na Disneylândia, na Califórnia – e cresceu para mais de 50 casos confirmados em vários estados americanos – é um lembrete austero de responsabilidade das nações para proteger nossos cidadãos mais vulneráveis. A Academia Americana de Pediatria (AAP) e seus pediatras (62.000 membros) convocam os pais, escolas e comunidades a comprometer-se a proteger bebês, crianças, adolescentes e adultos de todo o Mundo com a ferramenta mais eficaz que temos – a vacinação.
O sarampo é uma doença respiratória altamente contagiosa que se espalha facilmente através do ar ou em superfícies infectadas. Ela provoca erupção cutânea, febre alta, tosse, coriza e olhos lacrimejantes vermelhos. Pessoas que estão infectadas com sarampo podem espalhar o vírus por até quatro dias antes que se desenvolvam sintomas. Em casos raros, pode causar encefalite, que pode levar à surdez ou deficiência intelectual. De cada 1.000 pessoas que contraem o sarampo, 1 ou 2 morrerão.
As vacinas são uma das maneiras mais importantes de proteger os filhos de doenças e a vacina contra o sarampo é segura e eficaz. A AAP incentiva os pais a ter os seus filhos vacinados contra o sarampo, bem como outras doenças infecciosas, e conversar com o pediatra se tiver dúvidas sobre qualquer vacina.
A AAP, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos e a Academia Americana de Médicos de Família recomendam que as crianças recebam a vacina tríplice – sarampo, caxumba e rubéola (SCR) ou a tetra viral, que inclui a varicela (SCR-V) na idade de 12-15 meses, e novamente aos 4-6 anos. No Brasil, as Sociedades Brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam duas doses: uma aos 12 meses e a outra aos 15 meses, podendo ser usadas a vacina SCR ou SCR-V (tetraviral).
A alta taxa de imunização em uma comunidade vai proteger aqueles que não podem ser vacinados, incluindo crianças com menos de 12 meses de idade. Essas crianças estão em maior risco de doença grave, hospitalização e morte por sarampo.
“O vírus do sarampo é um dos vírus mais contagiosos em humanos”, disse Yvonne Maldonado, MD, FAAP, vice-presidente do Comitê da AAP em Doenças Infecciosas. “O adiamento da vacinação deixa crianças vulneráveis ao sarampo quando é mais perigoso para o seu desenvolvimento, e isso também afeta toda a comunidade. Vemos o sarampo se espalhar mais rapidamente em comunidades com altos índices de vacinação atrasados ou não realizados. A não vacinação do seu filho coloca outras crianças em risco, incluindo aquelas que são jovens demais para serem vacinadas, e crianças que são especialmente vulneráveis devido a certos medicamentos que estão tomando.”
Leia também: O sarampo voltou!
Fonte: Pediatrics mar- 2015
As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o atendimento médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o seu pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.
Atualizado em 29 de julho de 2024