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Na nossa missão de abordar a saúde infantil, entendemos que saúde não é o oposto de doença, mas tem a ver com o bem-estar da criança e do jovem em diversos aspectos, sejam biológicos (médicos), sociais (educação, lazer, convívio) e emocionais (psicológicos, neurodesenvolvimento). Suspensões e expulsões da escola podem parecer um método eficaz para problemas graves e permanentes no que condiz à disciplina. No entanto, esses métodos, muitas vezes, criam problemas imprevistos, especialmente se eles são aplicados em um ambiente de tolerância zero.
Em uma declaração política, a Academia Americana de Pediatria (AAP) não apoia as políticas de tolerância zero e recomenda que antes da suspensão ou a expulsão do aluno, deve haver uma análise do caso.
A pesquisa demonstrou que os alunos que passam pela experiência de ficarem fora da escola por causa de suspensões ou expulsões são 10 vezes mais propensos a abandonar o ensino médio. Além disso, essas duas atitudes podem colocar o aluno de volta para o ambiente que acarretou os problemas de comportamento.
Se os pais do aluno estiverem no trabalho, pode não haver ninguém em casa para fornecer supervisão, o que torna ainda mais provável que a criança ou o adolescente vá se envolver em um comportamento inadequado ou se associar com indivíduos que podem aumentar as atividades violentas ou ilegais.
Acreditando que uma intervenção precoce é importante para identificar comportamentos que podem levar à suspensão ou à expulsão, a AAP recomenda que o profissional da saúde da Primeira Infância e de problemas de comportamento pré-escolar comece cedo o tratamento para reduzir os fatores de risco no futuro dos alunos. Como médicos de pacientes que necessitam de cuidados primários, os pediatras devem estabelecer a comunicação com a enfermeira da escola ou com o conselheiro.
No Brasil, ainda estamos distantes de uma situação de prevenção como esta, mas, de qualquer forma, para os pais que nos leem e que têm filhos com estes problemas, é sempre bom saber o que é feito em lugares mais desenvolvidos do que o nosso.
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Fonte: Pediatrics
Atualizado em 26 de abril de 2024