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Estima-se que no Brasil existam entre 1,4 e 1,7 milhão de portadores de hepatite C. Por se tratar de uma doença sem sintomatologia inicialmente, grande parte desconhece seu diagnóstico e poucos sabem como ocorreu a transmissão ou que exista tratamento para a doença.
Conscientizar a população sobre prevenção, proteção e a necessidade de fazer o teste da Hepatite C são objetivos do Dia Mundial da Luta Contra as Hepatites Virais, celebrado anualmente em 28 de julho.
No Brasil, dados epidemiológicos apontam que aproximadamente 80% das pessoas com o vírus da Hepatite C (HCV) estão acima dos 40 anos de idade.
Nos EUA, devido à epidemia de opiáceos, a taxa de infecção pelo vírus da hepatite C entre mulheres grávidas aumentou 60% entre 2006 e 2014, de acordo com um estudo, mas apenas 30% das crianças expostas ao vírus foram rastreadas quanto à infecção.
O Ministério da Saúde brasileiro oferece um novo tratamento para todas as pessoas diagnosticadas com hepatite C, independentemente do grau de comprometimento do fígado. Esses novos medicamentos apresentam cura de cerca de 90%, estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde, conforme solicitado pelos estados. Há 135 mil pessoas diagnosticadas com hepatite C no País.
No estudo “Triagem do vírus da Hepatite C entre crianças expostas durante a gravidez”, publicado na edição de junho de 2018 da revista Pediatrics, os investigadores analisaram um banco de dados de noventa mil mulheres grávidas que deram à luz bebês no Hospital da Universidade de Pittsburgh Medical Center e foram identificadas cerca de mil (1,2%) como tendo uma hepatite C.
As mulheres infectadas com o vírus eram mais propensas a ter menos de 30 anos, eram brancas, padrão socioeconômico mais baixo, além de histórico de distúrbio pelo uso de opiáceos, quando comparadas com mulheres não infectadas. Dos mil bebês que nasceram, 1/3 estavam recebendo cuidados de puericultura no mesmo sistema hospitalar com 1 ano de idade. Apenas 30% foram detectados com o vírus da hepatite C. Sem a triagem adequada, as crianças com risco de transmissão perinatal podem permanecer sem diagnóstico até se tornarem sintomáticas. A infecção por hepatite C pode levar à doença hepática irreversível.
Os autores do estudo recomendam a consideração de uma triagem universal de hepatite C durante a gravidez, especialmente em áreas de alta prevalência.
Como vimos, o governo brasileiro já se preocupa com isso, mas temos que incentivar a pesquisa ativa de pessoas e principalmente antes do pré-natal, para tratá-las e evitar o pior.
Saiba mais sobre este assunto em artigos já publicados aqui:
Fonte: Pediatrics, May 2018
“Hepatitis C Virus Screening Among Children Exposed During Pregnancy”
Catherine A. Chappell, Sharon L. Hillier, David Crowe, Leslie A. Meyn, Debra L. Bogen, Elizabeth E. Krans
As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para os cuidados médicos e os conselhos do seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que seu pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.
Atualizado em 6 de dezembro de 2024