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Leitura pode ajudar na alfabetização infantil
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Leitura pode ajudar na alfabetização infantil

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03/12/2013
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Hoje em dia, os pais estão muito preocupados com o desenvolvimento dos filhos e, por causa dessa ansiedade, fazem coisas que no final das contas podem até atrapalhar. Alguns escolhem ler para os recém-nascidos, mesmo antes deles serem capazes de sustentarem a cabeça ou de concentrarem os olhos sobre as páginas. Outros começam ainda mais cedo, lendo para os filhos nascituros por meio das paredes uterinas.

Mas quando começar essa estimulação e o que se pode fazer?

Embora os bebês sejam capazes de ouvir bem antes de nascer, não contaria que isso o faz mais inteligente ou que goste de ler ou de ouvir música. Se você gosta de ler e pensa (com razão) que isto é importante para a criança, espere que ela seja capaz de participar desta diversão mais ativamente. A boa notícia é que o tempo de espera para isso não é muito longo.

Os marcos do “desenvolvimento motor“, que incluem rolar (4-6 meses), sentar (7-9 meses) e andar (9-15 meses), são  igualmente bem definidos e importantes para a alfabetização.

Para fazer isso de uma maneira simples e fácil, decidimos listar apenas alguns dos muitos comportamentos relacionados à leitura na infância, muitos dos quais foram desenvolvidos pelo Reach Out and Read (ONG americana dedicada à alfabetização), assim você pode ter certeza do período em que se pode praticá-la com o seu filho:

3 meses: Que comecem as brincadeiras. Seu bebê vai começar a balbuciar e imitar sons, bem como sorrir ao ouvir sua voz. Ele ficará com a cabeça erguida mais tempo do que nos últimos meses, e agora terá percepção e melhor compreensão, não só do que você está lendo para ele (ou pelo menos as expressões em seu rosto), mas também para os próprios livros que ele pode segurar e tentar trazê-los à boca.

6 a 12 meses: Tendo um interesse ativo. Entre as idades de 6 e 12 meses, o bebê irá desenvolver novas habilidades, incluindo se sentar sem apoio, ter a cabeça firme e agarrar páginas. Não se surpreenda se os livros acabarem na boca dele, pois isso é de se esperar. Trata-se de um bom sinal de que ele está interessado neles e quer explorá-los ainda mais. Este é o momento de investir nas versões de banho (plástico ou papel grosso e plastificado), já que as crianças desta idade babam muito. Por serem bem coloridas e os desenhos de objetos simples e de rostos, os bebês as preferem.

12 a 18 meses: Uma experiência “mão na massa”. O bebê é capaz de se sentar sem apoio, permitindo-lhe que ambas as mãos estejam livres para segurar os livros e virar as páginas (embora várias de uma vez), e é provável que ele já demonstre amor bem desenvolvido pela leitura. Ele busca os livros ao redor para ansiosamente entregá-los a você para que leia e responda as perguntas (“onde está o…?”), apontando para o desenho com um dedo. Nessa idade, as crianças também aprendem a reconhecer quando um livro está de cabeça para baixo (se você nunca pensou nisso antes, este é realmente um passo fundamental em direção à leitura!).

18 a 24 meses: Tomando o desafio. Até agora, o bebê não só se transformou em uma criança, mas também em um verdadeiro conhecedor de livros. Ele é hábil em virar as páginas (com as de papel ainda pode demorar um pouco para virá-las com delicadeza) e perguntar “o que é isso?”. Seu filho será capaz de responder os nomes de figuras conhecidas e saberá completar a frase que você parar no meio da leitura. Você vai ouvi-lo assumindo o papel de contador de histórias para seus próprios ouvintes fiéis, ou seja, bonecas e bichos de pelúcia.

Ler para crianças é uma das experiências mais maravilhosas que um adulto pode ter, um ato que se desenrola no Hospital Infantil Sabará por meio dos nossos voluntários, que contam histórias para nossos pacientes.

Leia também: Dicas para criar o hábito da leitura infantil

Fonte: Viva e Deixe Viver & Reach out and Read

Atualizado em 23 de maio de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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