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O racismo e as crianças
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O racismo e as crianças

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24/06/2020
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Com o caso de George Floyd o tema racismo volta a discussão no Brasil. Não vamos entrar em polêmica, pois é claro que existe um racismo estrutural no país e ele faz parte de nossa cultura. Infelizmente, nós não gostamos de nos ver assim, o que dificulta combater essa falha no nosso modo de agir como sociedade.

Por uma infância sem racismo foi uma campanha da Unicef de 2010, mas que, mais do que nunca está super atual.  A campanha faz um alerta sobre os impactos do racismo na vida de milhões de crianças e adolescentes brasileiros e convida cada um a fazer uma ação por uma infância e adolescência sem racismo. Faz também um alerta à sociedade sobre os impactos do racismo na infância e adolescência e a necessidade de uma mobilização social que assegure o respeito e a igualdade étnico e racial desde a infância.

Dez maneiras de contribuir para uma infância sem racismo:

  1. Eduque as crianças para o respeito a diferença. Ela está nos tipos de brinquedos, nas línguas faladas, nos vários costumes entre os amigos e pessoas de diferentes culturas, raças e etnias. As diferenças enriquecem nosso conhecimento.
  1. Textos, histórias, olhares, piadas e expressões podem ser estigmatizantes com outras crianças, culturas e tradições. Indigne-se e esteja alerta se isso acontecer – contextualize e sensibilize!
  1. Não classifique o outro pela cor da pele; o essencial você ainda não viu. Lembre-se: racismo é crime.
  1. Se seu filho ou filha foi discriminado, abrace-o, apoie-o. Mostre-lhe que a diferença entre as pessoas é legal e que cada um pode usufruir de seus direitos igualmente. Toda criança tem o direito de crescer sem ser discriminada.
  1. Denuncie! Em todos os casos de discriminação, busque defesa no conselho tutelar, nas ouvidorias dos serviços públicos, na OAB e nas delegacias de proteção à infância e adolescência. A discriminação é uma violação de direitos.
  1. Proporcione e estimule a convivência de crianças de diferentes raças e etnias nas brincadeiras, nas salas de aula, em casa ou em qualquer outro lugar.
  1. Valorize e incentive o comportamento respeitoso e sem preconceito em relação à diversidade étnica e racial.
  1. Muitas empresas estão revendo sua política de seleção e pessoal com base na multiculturalidade e na igualdade racial. Procure saber se o local onde trabalha participa também dessa agenda. Se não, fale disso com seus colegas e supervisores.
  1. Órgãos públicos de saúde e de assistência social estão trabalhando com rotinas de atendimento sem discriminação para famílias indígenas e negras. Você pode cobrar essa postura dos serviços de saúde e sociais da sua cidade. Valorize as iniciativas nesse sentido.
  1. As escolas são grandes espaços de aprendizagem. Em muitas, as crianças e os adolescentes estão aprendendo sobre a história e a cultura dos povos indígenas e da população negra; e como enfrentar o racismo. Ajude a escola de seus filhos a também adotar essa postura.

Este ano, a Fundação José Luiz Egydio Setúbal coincidentemente havia escolhido como o ano de trabalhar a inclusão. Começamos desde o início do ano um trabalho para conhecer o nosso corpo de funcionários para saber quem somos, qual é a nossa diversidade de raça, de religião, de opção sexual, de educação entre outras coisas.

Vamos também trabalhar a inclusão da criança atípica, aquelas que têm necessidades específicas. Em relação a isso já trabalhamos com o autismo e em menor escala com a síndrome de Down, mas tentaremos abordar várias outras necessidades. Com isso procuraremos trabalhar o preconceito, a raiz de todo esse mal.

A diversidade étnico-racial entre as crianças deve ser motivo de orgulho – e não razão para discriminação. Se a diversidade humana deve ser celebrada, por que crianças que nascem diferentes não alcançam os seus direitos na mesma velocidade? Por que as diferenças fazem diferença na hora de assegurar direitos? Em um mundo de diferenças, enxergue a igualdade.

Saiba mais:

Racismo na infância: Como criar crianças livres de preconceito?

O impacto do racismo na infância

Canção de ninar africana

Direitos da criança e do adolescente: breve histórico das legislações

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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