PESQUISAR

Sobre o Centro de Pesquisa
Sobre o Centro de Pesquisa
Residência Médica
Residência Médica
Brincadeira de criança é coisa dos pais
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Google Plus Compartilhar pelo WhatsApp
Brincadeira de criança é coisa dos pais

Brincadeira de criança é coisa dos pais

20/10/2015
  2491   
  0
Compartilhar pelo Facebook Compartilhar pelo Twitter Compartilhar pelo Google Plus Compartilhar pelo WhatsApp

Pesquisadoras da Universidade de Chicago (Levine, Ratliff, Huttenlocher e Cannon, 2011) publicaram um trabalho em que observaram 53 pais brincando de resolver quebra-cabeças com seus filhos de 2, 3 ou 4 anos. Para isso, ao longo de quatro meses fizeram seis visitas (90 minutos cada uma) nas casas deles.

Seis meses depois, compararam essas crianças com outras que não participaram da experiência, e verificaram diferenças significativas quanto à principal pergunta da pesquisa: brincar com quebra-cabeças melhora o desempenho em matemática de crianças pequenas?

Mas quero aqui destacar um aspecto importante desse estudo: elas verificaram a importância de os pais brincarem com seus filhos na resolução dos quebra-cabeças em favor desse propósito (melhoria no pensamento matemático). Observaram que há crianças que ficam ansiosas, e seu medo de errar prejudica a realização da tarefa.

Os pais, ao compartilharem as brincadeiras e ao falarem com elas de certos modos, aumentam sua confiança no que estão fazendo e diminuem sua ansiedade. No apêndice do artigo, as autoras transcrevem conversas de mães com seus filhos; são falas relacionadas à brincadeira (nome dos objetos, o que fazer, por que a peça não encaixou etc.). Verificou-se, também, que alguns pais favoreciam os meninos, dando-lhes brincadeiras mais difíceis, e desfavoreciam as meninas, dando-lhes brincadeiras mais fáceis.

Daí que concluíram ser importante não fazer isso, mas considerarmos o nível da habilidade da criança, propondo-lhe quebra-cabeças suficientemente desafiadores, seja para o menino ou para a menina. De qualquer forma, atentem para o que disse a Dra. Levine: “o engajamento dos pais é a chave!”

Dois artigos no site aboutkidshealth resumem e destacam pontos importantes dessa pesquisa. Um deles resume o melhor que os pais podem fazer: (1) usar palavras corretas, (2) usar gestos, (3) valorizar esforços, não resultados, e (4) ser sensível ao nível de habilidade da criança, isto é, dar-lhes atividades desafiadoras.

Leia também: Três brincadeiras para ajudar no desenvolvimento das crianças

Referências:

Levine, S. C., Ratliff, K. R., Huttenlocher, J., & Cannon, J. (2011, October 31).

Early Puzzle Play: A Predictor of Preschoolers’ Spatial Transformation Skill. 

Advance online publication. doi: 10.1037/a0025913

Veja também no site aboutkidshealth:

Spatial reasoning skills: How to foster in children

Atualizado em 20 de agosto de 2024

Dr. Lino de Macedo

Dr. Lino de Macedo

Doutor em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP). É presidente da Academia Paulista de Psicologia e professor emérito do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP). Integra a Cátedra de Educação Básica do IEA (USP) e é assessor do Instituto PENSI.

deixe uma mensagem O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

posts relacionados

INICIATIVAS DA FUNDAÇÃO JOSÉ LUIZ EGYDIO SETÚBAL
Sabará Hospital Infantil
Pensi Pesquisa e Ensino em Saúde Infantil
Autismo e Realidade

    Cadastre-se na nossa newsletter

    Cadastre-se abaixo para receber nossas comunicações. Você pode se descadastrar a qualquer momento.

    Ao informar meus dados, eu concordo com a Política de Privacidade de Instituto PENSI.