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A depressão pós-parto está sempre associada à figura da mãe, mas pode, por outros mecanismos, afetar os pais.
É difícil enxergar a diferença que uma criança faz na sua vida e nos seus relacionamentos. Nenhum detalhe de suas vidas permanece intocado. Não são apenas as coisas óbvias como: não poder dormir quando você quer, não poder sair de casa sem um caminhão de coisas, não poder mais assistir a um jogo de futebol sem interrupções durante as melhores partes (por que será que os bebês nunca choram durante os comerciais?). Há também a roupa que se acumula, a máquina lotada de mamadeiras ou peças da bomba de leite, esterilizador e o perigo de lacerar o seu rosto tentando fazer a barba, segurando um bebê. Você tem que gastar mais dinheiro e tem mais demandas em seu tempo.
Já as mulheres podem se sentir inseguras em relação ao parceiro, sobre como ele vai ver o seu corpo diferente. Outro sentimento frequente é o ciúme dos pais em relação à afeição que a mãe mostra ao bebê.
Há agora um novo ser humano completo, que é extremamente importante para ambos e que, literalmente, redefine o significado da palavra amor.
Os médicos estão prestando mais atenção à depressão pós-parto das mães e pais. Embora seja normal para as mães se emocionar na semana após o nascimento, esses sintomas devem desaparecer muito rapidamente, normalmente no final do primeiro mês. Algumas mulheres, no entanto, não se recuperam e podem realmente sentir-se piores com o tempo. Cerca de 12% a 20% das mulheres desenvolvem depressão ou ansiedade após o parto, e até 10% dos pais também podem sofrer de depressão.
Depressão dos pais afeta as crianças profundamente, causando atrasos no desenvolvimento, problemas sociais e comportamentais. Pais deprimidos são muito mais propensos a bater em seus filhos do que os pais sem depressão e são menos propensos a brincar, cantar ou ler para seus filhos. Por outro lado, para as crianças cuja mãe está deprimida, ter um pai presente e carinhoso os protege de alguns dos efeitos negativos da depressão da mãe.
A ferramenta mais utilizada para rastrear as mães para depressão pós-parto é chamada de “Edinburgh Postnatal Depression Scale”. Recentemente, os médicos e psicólogos começaram a usar o mesmo questionário para avaliar os pais.
Como podemos ver, as alterações que um bebê traz para as vidas dos casais podem ser fontes de grandes preocupações, mas como dizia o poeta Vinicius de Moraes:
“Filhos… Filhos?
Melhor não tê-los!
Mas se não os temos
Como sabê-lo?”
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Fonte: David L. Hill, MD, FAAP Dad para Dad: Parenting Like a Pro (Copyright © Academia Americana de Pediatria 2012)
As informações contidas neste site não deve ser usado como um substituto para o atendimento médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o seu pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.
Atualizado em 8 de agosto de 2024