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Em tempos de mudanças climáticas, com um inverno com temperaturas beirando os 30 graus em São Paulo e ultrapassando os 40 em vários países da Europa, precisamos estar atentos às crianças, sobretudo as pequenas, porque elas sofrem um risco maior.
Normalmente, brincar e se exercitar ao ar livre melhora a saúde física e mental de uma criança de várias maneiras. No entanto, um índice de calor igual ou superior a 30°C, conforme identificado pelo Serviço Nacional de Meteorologia, representa um risco significativo para a saúde.
Altas temperaturas e calor extremo podem fazer com que as crianças adoeçam muito rapidamente, podendo causar desidratação, exaustão, cãibras e insolação, que é uma emergência médica. O calor alto também pode contribuir para a irritabilidade, tanto para as crianças quanto para seus cuidadores. E com o calor extremo aumentando devido às mudanças climáticas, a “ansiedade ecológica” ainda pode causar sofrimento emocional.
Atuando com calma no calor extremo
Quando está muito calor, ir à piscina ou à praia por um curto período ou ficar dentro de casa para fazer artesanato, ler ou jogar jogos de tabuleiro faz mais sentido. Planeje com antecedência se souber que haverá vários dias seguidos de calor intenso. Tente pensar em maneiras criativas de fazer as crianças mudarem suas atividades e evitar a “febre” ou sentimentos inquietos e irritáveis. Para eles se manterem ativos, sugira alguns alongamentos fáceis de ioga, brinque de esconde-esconde em ambientes fechados ou invente desafios físicos divertidos que não sejam muito extenuantes.
Em temperaturas extremas, o ideal é utilizar aparelhos de ar-condicionado, realidade fora do alcance de boa parte das famílias brasileiras. Se a sua casa não tem ar-condicionado, procure um prédio próximo que tenha. Bibliotecas e shopping centers podem ser ótimos lugares para um refúgio fresco do calor!
E quanto aos ventiladores?
Enquanto estiver em casa, feche as persianas e as cortinas. Pisos inferiores tendem a ser mais frios. Os ventiladores podem ser úteis para resfriar se você não tiver acesso a nenhum ar-condicionado.
Se você usar um ventilador, mantenha-o a uma distância segura de você e de seus filhos para evitar riscos à segurança, como dedos presos ou equipamentos próximos à água.
Ventiladores que sopram diretamente em você podem secar sua boca e narinas. Se você sofre de alergias, os ventiladores também podem circular alérgenos que fazem o nariz escorrer e os olhos coçarem. Esses equipamentos não devem ser usados em calor extremo, pois não resfriam o ar. O uso de ventiladores quando as temperaturas são mais altas que a temperatura corporal pode fazer com que o corpo ganhe em vez de perder calor.
Dicas para vencer o calor
Se você estiver fora, há várias ações que você pode tomar para proteger seu filho(a) de doenças e perigos relacionados ao calor:
Mantenha-se hidratado: incentive seus filhos a beberem água com frequência e tenha uma garrafa sempre disponível ao sair. Em dias quentes, os bebês que recebem leite materno ou fórmula em mamadeira podem receber uma quantia adicional, mas não devem receber água, especialmente nos primeiros seis meses de vida.
Vista-se levemente: vista seus filhos com roupas claras, leves e limitadas a uma camada de material absorvente que maximize a evaporação do suor. As crianças têm uma capacidade menor de transpiração do que os adultos. Certifique-se de usar bastante protetor solar.
Planeje um tempo extra de descanso: muitas vezes, o calor pode fazer as crianças e seus pais se sentirem cansados. O calor alto também pode contribuir para a irritabilidade. Entre regularmente para se refrescar, descansar e beber água.
Mantenha a calma: quando seu filho estiver com calor, dê-lhe um banho frio ou um jato de água para esfriar. A natação é outra ótima maneira de se refrescar enquanto se mantém ativo. Lembre-se de que as crianças devem sempre ser supervisionadas enquanto nadam ou brincam na água para evitar afogamentos.
Nunca deixe seu filho no carro: o interior de um carro pode ficar perigosamente quente em pouco tempo, mesmo com as janelas abertas.
Ligue para o seu pediatra ou procure um serviço de saúde imediatamente se o seu filho(a) desenvolver algum dos seguintes sintomas:
Fonte:
Conselho da Academia Americana de Pediatria sobre Crianças e Desastres (Copyright © 2021)
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