PESQUISAR
Pode parecer estranho para alguns pais, mas para as crianças o vídeo é uma maneira divertida de se comunicar. Todos os aplicativos e redes sociais da moda permitem que os usuários compartilhem videoclipes.
Assim, mesmo que você tenha preocupações sobre os riscos da transmissão na Web – e são legítimas – seu filho pode enxergar isso como uma forma de se expressar, aprender habilidades de vídeo digital, compartilhar com amigos e experimentar criativamente. É importante equilibrar suas preocupações com os benefícios que pode colher.
É um bom sinal se seu filho pediu sua permissão. Com sua orientação e apoio, ele pode fazer isso com segurança e pode ser um projeto divertido que pode ser útil no futuro.
Na verdade, mais e mais crianças estão usando canais on-line – seja um blog do Tumblr, uma coleção de fotos do Instagram ou uma história do Snapchat – como portfólios digitais para mostrar seu trabalho a empregadores, faculdades e possíveis colaboradores. O YouTube até oferece conteúdo educacional gratuito para criadores que levam a sério seu trabalho.
A idade do seu filho determinará como proceder. Supõe-se que ter um canal no YouTube seja para usuários com mais de 13 anos, devido ao fato de a empresa controladora Google coletar e comercializar dados de usuários. Nos EUA a Lei de Proteção à Privacidade Online das Crianças (COPPA) isenta as crianças da coleta de dados.
Mas, como todos sabemos, muitas crianças têm canais do YouTube.
Nos EUA, é permitido que menores de 13 anos criem perfis de mídia social em sites que coletam dados do usuário, desde que o responsável esteja ciente da conta, saiba que os dados do usuário estão sendo coletados e tenha aprovado a conta.
Se seu filho tiver menos de 13 anos:
Se você tem o Gmail, tem um login no YouTube. Basta acessar o YouTube, fazer login com seu endereço do Gmail e acessar as configurações da conta.
Preste especial atenção aos padrões de upload (onde você pode tornar seus vídeos privados) e aos comentários, os quais você pode aprovar antes de serem publicados ou desativados. Se você usa sua conta, fará todo o upload, mas seu filho ainda poderá ter muito controle criativo no design do canal no YouTube, nas descrições e, é claro, nos vídeos.
Se você tiver um dispositivo Android, poderá usar o aplicativo Family Link do Google, que permite criar uma conta supervisionada para menores de 13 anos.
O YouTube é o site de vídeos mais popular, mas outras boas opções oferecem medidas de segurança incorporadas para crianças. Considere um desses sites sociais seguros.
Veja algumas dicas para a criação de um canal no YouTube:
Peça a seu filho que crie uma proposta para o canal no YouTube que descreva o que deseja oferecer, quem é o público-alvo, com que frequência postará, se terá publicidade, entre outras considerações.
Este é um bom momento para discutir o que há de bom para postar, o que deve permanecer privado e outras noções básicas de cidadania digital.
Faça como muitas empresas iniciantes de tecnologia e comece pequeno para resolver os problemas. Comece com configurações de privacidade rígidas e um público limitado de amigos e familiares confiáveis e peça feedback construtivo sobre o que está funcionando (e não funcionando).
Uma vez que a página esteja em funcionamento, continue a apoiá-lo. Questões inesperadas – tanto positivas quanto negativas – certamente surgirão. Saber que ele pode confiar em seu apoio é um grande negócio.
Os adolescentes geralmente ficam surpresos ao descobrir que nem tudo que eles enviam recebe elogios universais. Os comentários do YouTube são notoriamente duros. Mas lidar com o feedback é uma experiência de aprendizado.
O Brasil é o segundo maior consumidor de vídeos do YouTube, segundo pesquisa coordenada pelo Media Lab da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).
Um dos principais públicos da plataforma de vídeo é o infantil. Dos 100 canais mais vistos no Brasil, 36 deles têm conteúdo direcionado ou consumido por crianças de zero a 12 anos, totalizando mais de 17 bilhões de visualizações. Isso explica o sucesso do YouTube Kids, voltado para a faixa de dois a oito anos, que possui mais de 11 milhões de usuários ativos semanalmente.
Ainda que muitas crianças sonhem em conquistar a fama por meio do YouTube, especialistas alertam que é preciso ficar atento para que isso não prejudique o desenvolvimento dos pequenos.
Na prática, isso significa que a fama pode forçar as crianças a amadurecer mais rápido, além de tornar o ambiente mais propício para a sexualização e a exposição a conteúdos violentos.
As redes sociais, em especial o YouTube, vieram para ficar, cabe aos pais e cuidadores tomarem as precauções para que isso não afete as crianças e evitem conteúdo inapropriado para seus padrões morais.
Veja mais artigos no blog do Hospital Infantil Sabará:
Fontes:
As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.
Atualizado em 23 de dezembro de 2024