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Cuidado: medicamento não é bala
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Cuidado: medicamento não é bala

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07/11/2011
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No jardim de infância, mais de uma criança em cada quatro mostraram dificuldade em distinguir medicamento de doces. No caso dos adultos, um em cada cinco professores tiveram essa dificuldade. O levantamento foi feito por duas alunas da sétima série que apresentaram suas conclusões na Academia Americana de Pediatria (AAP) e Conferência Nacional de Exposições, em Boston, nos Estados Unidos.

Casey Gittelman e Eleanor Bispo realizaram o estudo “Doce ou medicamento: podem as crianças dizer a diferença?”, no Ayer Ensino Fundamental no subúrbio de Cincinnati, Ohio.

As meninas obtiveram um armário de remédios do Centro de Informação Toxicológica de Cincinnati Children’s Hospital Medical, com uma mistura de 20 doces e medicamentos. Elas selecionaram aleatoriamente 30 professores e 30 alunos do jardim de infância e pediram-lhes que identificassem os itens do móvel como balas ou remédios. Levou-se em consideração também que muitas crianças mais novas eram incapazes de ler. Além disso, os participantes foram entrevistados sobre como armazenavam os comprimidos em casa e como era o uso diário deles.

71% dos alunos distinguiram corretamente doce de medicamento e 78% dos professores acertaram. Os alunos que não sabiam ler foram piores na separação entre balas e remédios em comparação aos que sabiam ler.

O erro mais comum entre professores e alunos foi não saber diferenciar os remédios dos M&M’s (chocolate). Os doces mais confundidos foram os redondos, aqueles semelhante em cor e brilho e os sem marcações distinguíveis. Além disso, 78% dos 60 estudantes e educadores disseram que os medicamentos em suas casas não eram trancados ou ficavam fora de alcance de crianças.

“Descobrimos que nem professores nem alunos armazenam seus medicamentos de forma adequada em casa”, disse Gittelman. As autoras do estudo recomendam intervenções para educar as famílias sobre as práticas de armazenamento seguro de medicamentos e o desenvolvimento de remédios com aparências distintas para reduzir a ingestão acidental.

Leia também: 10 Dicas de segurança de medicamentos

Fonte: American Academy of Pediatrics (AAP) National Conference and Exhibition in Boston

Atualizado em 6 de fevereiro de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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