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A depressão é uma das doenças mais mortais entre os jovens e está associada ao aumento da automutilação entre os adolescentes. O grande problema é que, apesar da medicação antidepressiva ter melhorado muito a vida das pessoas, a incidência parece aumentar em todas as faixas etárias e aparecendo cada vez mais cedo. Antes uma coisa rara, hoje é comum ver jovens com sintomas de depressão.
Um estudo publicado em dezembro de 2016 na revista Pediatrics mostra que a depressão está aumentando entre os jovens, especialmente entre meninas.
Os investigadores analisaram dados das Pesquisas Nacionais sobre Uso de Drogas e Saúde entre os anos de 2005 a 2014 para os adolescentes americanos, com idades entre 12 e 17, e adultos jovens, com idades entre 18 e 25.
Descobriram que a prevalência de episódios depressivos aumentou em adolescentes de 8,7% em 2005 para 11,3% em 2014 (um aumento de 37%) e de 8,8% para 9,6% entre os jovens adultos. O estudo constatou também que o aumento da depressão foi um pouco mais proeminente entre as adolescentes, o que se alinha com estudos anteriores que mostram aumentos maiores nos sintomas depressivos entre as meninas do que nos meninos. Pesquisadores afirmam que a diferença de gênero pode ser atribuída à maior exposição a fatores de risco de depressão entre as meninas, incluindo smartphones com aplicativos de mensagens de texto.
Os autores concluem que há um crescente número de adolescentes deprimidos e jovens que não recebem qualquer tratamento de saúde mental para os seus sintomas. São necessários esforços de longo alcance, especialmente em campus universitários, práticas pediátricas e em escolas para aumentar a detecção e manejo desta doença.
É importante os pais procurarem auxílio médico ao observarem os primeiros sintomas e não terem preconceito com relação a isso.
Leia também: Depressão infantil: o que os pais podem fazer?
Fonte: Pediatrics December 2016, VOLUME 138 / ISSUE 6
National Trends in the Prevalence and Treatment of Depression in Adolescents and Young Adults
Ramin Mojtabai, Mark Olfson, Beth Han
As informações contidas neste site não devem ser utilizadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o seu pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.
Atualizado em 3 de outubro de 2024