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Conhecidos por diversos nomes, dentre eles e-cigarette ou caneta vapor, o cigarro eletrônico surgiu como uma promessa de auxílio para quem deseja parar de fumar. O problema é que não existem estudos que comprovam a segurança na utilização do produto. No Brasil, esses produtos estão proibidos desde 2009, quando foi publicada a resolução RDC 46/2009.
Os cigarros eletrônicos (e-cigarros) são dispositivos portáteis que produzem um aerossol (comumente conhecido como vapor) para a inalação de uma solução que geralmente contém nicotina, aromatizantes e solventes. Desde a sua introdução, houve um aumento no uso de cigarros eletrônicos nos Estados Unidos e consequentemente também tem havido um aumento na exposição à nicotina líquida usada nestes dispositivos de e-cigarros reportados aos centros de controle de envenenamento dos EUA, frequentemente entre crianças menores de seis anos de idade. Essas exposições são preocupantes porque um pequeno volume de solução concentrada de nicotina pode facilmente fornecer a dose letal estimada de 6,5 a 13,0 mg / kg de peso corporal a uma criança pequena, e pelo menos duas crianças pequenas já morreram de nicotina líquida. Crianças expostas à nicotina líquida do e-cigarro têm 5,2 vezes mais chances de admissão no centro de saúde e 2,6 vezes mais chances de ter um resultado médico sério do que as crianças expostas ao cigarro.
Embora proibidos por lei no Brasil, basta uma pesquisa pela internet para ver como é fácil ter acesso aos cigarros eletrônicos e à nicotina líquida. Nosso objetivo ao divulgar este trabalho é de alertar aos pais de adolescentes que podem fazer uso deste cigarro para os perigos que podem existir se tiver crianças pequenas no mesmo ambiente.
Neste estudo, investigam-se as características e tendências da exposição líquida à nicotina e é o primeiro a comparar as exposições líquidas à nicotina entre crianças pequenas antes e depois da adoção da legislação que exige embalagens resistentes à criança.
As chamadas para os centros de controle de envenenamento dos EUA para crianças expostas à nicotina líquida atingiram o pico em 2015 e, em seguida, começaram a diminuir, de acordo com uma nova pesquisa da Pediatrics de maio de 2018.
Autores do estudo “E-Cigarette and Liquid Nicotine Exposures Among Young Children” acreditam que a legislação promulgada em 2015, exigindo embalagem resistente à criança para a nicotina líquida e crescente conscientização do perigo de exposição pode ter contribuído para o declínio. Mas eles enfatizaram que a nicotina líquida, que é vendida em uma variedade de sabores parecidos com doces, continua a representar um sério risco para as crianças pequenas, o que justifica ações regulatórias adicionais.
Crianças menores de três anos representaram a maioria (84%) das exposições.
Saiba mais sobre este assunto:
Fonte: Pediatrics, May 2018,
“E-Cigarette and Liquid Nicotine Exposures Among Young Children”
Preethi Govindarajan, Henry A. Spiller, Marcel J. Casavant, Thitphalak Chounthirath, Gary A. Smith
As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para os cuidados médicos e os conselhos do seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que seu pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.
Atualizado em 5 de dezembro de 2024