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A transição para o cuidado criança/adulto
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A transição para o cuidado criança/adulto

A transição para o cuidado criança/adulto

03/10/2017
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Um dos problemas discutidos há muito tempo em hospitais pediátricos, principalmente os ligados às faculdades de medicina, é como fazer a transição do atendimento pediátrico para a equipe adulta.

Passei por isso profissionalmente como pediatra na hora de encaminhar meus pacientes adolescentes/adultos jovens para um clínico geral. Lembro particularmente de um caso onde o meu paciente estacionou o carro na clínica para solicitar um atestado médico para fazer esporte na Faculdade.

A Academia Americana de Pediatria atualizou sua declaração de política anterior sobre o limite de idade da pediatria para refletir novas abordagens sobre a transição para o cuidado do adulto. Nela, se recomenda que a idade de transição de cuidados pediátricos a adultos seja baseada nas necessidades individuais dos pacientes.

A decisão deve ser feita unicamente entre o paciente (e a família, quando apropriado) e o médico, considerando as necessidades físicas e psicossociais do paciente e as habilidades do provedor pediátrico para atender a essas necessidades.

Além disso, a AAP recomenda que o estabelecimento de limites arbitrários de idade em cuidados pediátricos pelos profissionais de saúde seja desencorajado e que as seguradoras de cuidados de saúde e outros pagadores não estabeleçam limites que afetem a escolha do prestador de cuidados do paciente com base apenas na idade.

Geralmente os problemas maiores se dão com pacientes de doenças crônicas que são, muitas vezes, acompanhados pela mesma equipe desde o nascimento ou de uma idade muito jovem. Também é sabido que a atenção do pediatra e da equipe de saúde pediátrica é muito mais atenciosa e com uma visão holística do paciente e da família, o que faz com que essa adaptação seja mais difícil.

No próprio Hospital Sabará, recebemos muitos pedidos para internação de adultos jovens com problemas de rebaixamento intelectual ou neuropatias. É um desafio da medicina moderna, que consegue a sobrevida de muitas crianças que antigamente morriam.

Leia também: “O exercício da hebiatria não se resume a instruir o adolescente quando ele pede uma dica de contracepção”

Fonte: Pediatrics – Pediatrics September 2017

From the AAP Policy Statement

Age Limit of Pediatrics

Amy Peykoff Hardin, MD; Jesse M. Hackell, MD; COMMITTEE ON PRACTICE AND AMBULATORY MEDICINE; Geoffrey R. Simon, MD; Alexy Darlyn Arauz Boudreau, MD; Cynthia N. Baker, MD; Graham Arthur Barden, III, MD; Kelley E. Meade, MD; Scot Benton Moore, MD; Julia Richerson, MD

As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

Atualizado em 5 de novembro de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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