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Uso de ocitocina e o TDAH
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Uso de ocitocina e o TDAH

Uso de ocitocina e o TDAH

06/07/2015
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Com o aumento dos Transtornos de Déficit de Atenção e Hiperatividade na população, os cientistas procuram relacionar o TDAH com várias coisas. Um interessante artigo dinamarquês mostra a pesquisa dos autores sobre a relação do uso de ocitocina e o TDAH.

Em muitos partos nos Estados Unidos, assim como no Brasil, a ocitocina é usada para estimular as contrações uterinas. No estudo publicado na revista Pediatrics de março de 2015 (Um Estudo de Base Populacional), os pesquisadores da Dinamarca analisaram 546.146 nascimentos únicos entre 2000 e 2008.

Todos os trabalhos de parto tiveram início espontâneo e, entre estes, cerca de 26% utilizaram a ocitocina para o aumento das contrações para melhorar a progressão do trabalho de parto. Só 0,9% das crianças nascidas nestas circunstâncias foram diagnosticadas com déficit de atenção/hiperatividade (TDAH).

Os autores não encontraram qualquer associação entre o uso de ocitocina e o TDAH mais tarde na criança. O estudo, no entanto, mostrou um aumento do risco de TDAH em crianças dinamarquesas:

  • Se a mãe tinha 25 anos de idade ou mais jovens;
  • Se já tinha dado à luz um ou mais irmãos;
  • Se os pais não eram casados.

Além disso, as crianças nascidas entre 2001 e 2003, as crianças nascidas antes de 32 semanas de gestação e crianças com peso de nascimento abaixo de 3 kg ou acima de 4,1 kg eram mais propensas a desenvolver TDAH.

Os autores do estudo determinaram que estes resultados não mostram a ocitocina durante o parto como causa de TDAH na prole. Como vemos, ainda são necessários muitos trabalhos para entender as relações que possam interferir no aparecimento do TDAH em crianças para podermos preveni-lo.

Leia também: O TDAH é genético?

Fonte: Pediatrics march 2015- Article: “Medical Augmentation of Labor and the Risk of ADHD in Offspring: A Population-Based Study”

As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o atendimento médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o seu pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

Atualizado em 9 de agosto de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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