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Cartilha para profissionais da saúde, pais e cuidadores explora as especificidades do TEA desde as primeiras mamadas do bebê até as etapas avançadas da alimentação
Cerca de 80% das crianças com autismo apresentam seletividade alimentar. Essa condição, resultante da rigidez cognitiva e das alterações sensoriais do TEA, pode variar desde hipersensibilidade (em que a criança reage exageradamente a estímulos) até hipossensibilidade (em que busca estímulos mais intensos). Para apoiar pais, cuidadores e profissionais de saúde, o Centro de Excelência em Nutrição e Dificuldades Alimentares (CENDA), do Instituto PENSI, e o programa Autismo e Realidade desenvolveram a cartilha “A alimentação da criança com Transtorno do Espectro Autista”. O material aborda temas como seletividade alimentar, alterações gastrointestinais, as primeiras experiências alimentares, recusa alimentar e Transtorno no Processamento Sensorial.
“As crianças com TEA precisam de uma observação muito cuidadosa em relação aos alimentos, à capacidade que elas têm de consumir determinadas preparações, bem como à forma de contato com o alimento”, afirma o dr. Mauro Fisberg, pediatra e nutrólogo, coordenador do CENDA e um dos autores da cartilha. “O objetivo foi desenvolver um treinamento para diferentes profissionais da área da saúde, assim como para pais, cuidadores e demais interessados no tema.”
Cada criança é única, e nem todas com autismo apresentam essas alterações alimentares. Muitas vezes, problemas alimentares severos, associados a alterações sensoriais, não são exclusivos de crianças com TEA. Um olhar multidisciplinar é essencial para atender cada caso de forma adequada.
“Muitas vezes, a criança com autismo pode comer sempre igual, mas come muito bem dentro daquilo a que ela se propôs. O que precisamos ver é a gravidade do problema, se ela só restringe alguns alimentos ou deixa de comer um grupo inteiro — não ingere nenhuma proteína, por exemplo”, completa o dr. Mauro.
A cartilha detalha como essas crianças escolhem alimentos a partir de características como cor, consistência, textura, aroma, temperatura e sabor. Para facilitar a alimentação, é recomendado que os alimentos sejam preparados de maneira consistente e previsível. Estratégias para melhorar a relação da criança com a comida focam em promover sua autonomia.
Questões emocionais podem desencadear dificuldades alimentares e problemas gastrointestinais, comuns entre crianças com TEA. O dr. Mauro destaca a importância de observar alterações no comportamento da criança que possam indicar problemas digestivos, como maior irritabilidade ou recusa alimentar. A cartilha, escrita por profissionais especializados em pediatria, é um manual detalhado que guia o leitor desde as primeiras mamadas do bebê até as etapas avançadas da alimentação.
Com mais de 40 páginas de conteúdo, a cartilha visa preencher uma lacuna importante ao fornecer informações práticas e baseadas em evidências. Ela está disponível gratuitamente e pode ser acessada clicando aqui!
O guia não substitui um acompanhamento profissional individualizado e não tem o objetivo de orientar de forma personalizada cada caso. Pode ser utilizado como material de consulta para prevenir e lidar com as dificuldades alimentares mais comuns para a criança com TEA.
Por Rede Galápagos
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mensagem enviada
Hoje tenho 47 anos somente no ano passado descobri minhas características de tea1. Tenho grandes prejuízos no convívio social. Restrição alimentar desde criança. Fadiga exagerada. Enfim, ninguém me entende.
Olá tenho uma filha autista que tem uma seletividade alimentar muito grande, gostaria de saber ser vcs. Pode mim ajudar.
Olá Elenice, como vai? Agradecemos o contato. Para consultas com o nosso Centro de Excelência em Nutrição e Dificuldades Alimentares (CENDA), pedimos, por gentileza, que entre em contato com a nossa central: (11) 2526-2525.
Desde pequena os médicos alertaram que eu tinha um problema gastronômico em que meu corpo tinha repulsa a carne, comia e vomitava. Conforme fui crescendo meus pais não se esforçaram para entender ou aprimorar meu consumo de carne. Atualmente a única forma de eu comer carne é quando como coxinha de frango. Também consumo pílulas por causa da minha falta de nutrientes. Enfim, procurem cuidar da alimentação de seus filhos.