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A Organização Mundial da Saúde (OMS) lembra que “o consumo excessivo de bebida alcoólica na adolescência está associado a insucesso escolar, acidentes, violência e outros comportamentos de risco, como tabagismo, uso de drogas ilícitas e sexo desprotegido”. Parte dessas consequências também está comprovada em estudo realizado pelo IBGE. Entre os jovens que bebem regularmente, 21,8% já protagonizaram algum episódio de embriaguez.
A proporção é maior entre os estudantes da rede pública (22,5%) do que das escolas privadas (18,6%). Considerando apenas as capitais brasileiras, houve um aumento neste índice, de 22,1% em 2009 para 24,3% em 2012. Além disso, 10% deles revelam que já tiveram problemas com família ou amigos, que faltaram às aulas ou que se envolveram em brigas por causa do álcool.
O álcool é a droga mais comumente usada entre os adolescentes, e é responsável por mais de 4.300 mortes por ano entre pessoas com menos de 21 anos de idade.
No estudo “Youth Drinking in the United States: Relationships With Alcohol Policies and Adult Drinking”, publicado na Pediatrics de julho de 2015, os investigadores examinaram 29 políticas estaduais americanas (como impostos sobre o álcool superiores ou as leis que regem a densidade de lojas de bebidas) e mediram o seu impacto sobre o consumo excessivo de álcool nestes estados.
Os pesquisadores descobriram que as políticas do álcool direcionadas à população em geral (ou seja, aquelas que não têm como alvo a juventude especificamente) foram associadas a uma menor prevalência nos jovens. Isto foi, em parte, explicado pelo impacto de tais leis na redução de consumo pelos adultos.
Os investigadores concluem que as políticas de estado, incluindo aquelas que não têm como alvo os jovens especificamente, estão ligadas à diminuição do número de jovens que bebem e seu consumo excessivo de álcool. De acordo com os autores do estudo, os resultados sugerem que estratégias políticas abrangentes, para a população em geral, bem como aos jovens, são necessárias para reduzir o consumo de álcool e problemas relacionados.
No Brasil, mais da metade dos adolescentes já provou bebida alcoólica. Pesquisa do IBGE feita com estudantes mostra ainda que 31,7% deles tomou a primeira dose com 13 anos ou menos.
Medidas como as que proíbem a venda de bebidas a menores e o aumento da fiscalização e autuações de estabelecimentos de venda podem ajudar na diminuição de consumo de álcool entre os jovens no Brasil.
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Fontes: Pediatrics, jun 2015. Article: Youth Drinking in the United States: Relationships With Alcohol Policies and Adult Drinking
As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.
Atualizado em 14 de agosto de 2024