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Como pediatra, vejo sempre as mães preocupadas em saber se o que seu filho tem é regurgitação ou vômito, ou ainda fazem aquela pergunta: “será que não é refluxo?”. Realmente parece ser tudo igual e por mais que o pediatra insista nas diferenças, elas não são óbvias para quem não é profissional da saúde.
Mas como podemos diferenciar? É fácil, o vômito é quando a criança expulsa o conteúdo gástrico fazendo força, é uma atividade reflexa e que conta com a participação dos músculos, que muitas vezes é acompanhada de náuseas, sudorese e mal estar. Quem já vomitou sabe do que estamos falando. A regurgitação do recém-nascido (ou refluxo fisiológico) é a expulsão do conteúdo gástrico sem haver participação dos músculos e sem sintomas, em geral, por aumento da pressão no abdômen.
Sabe-se que 67% das crianças que mamam aos 4 meses de idade, apresentam mais de uma regurgitação por dia. A frequência diminui ao longo do primeiro ano de vida, chegando a 5% com 1 ano de vida. Quando a regurgitação persiste após esta idade, o paciente deve ser avaliado por especialista, principalmente para descartar o diagnóstico de anormalidades anatômicas, como má rotação e obstrução gástrica. É importante dizer que crianças que regurgitam não têm dificuldade de ganho pondero-estatural e este é considerado um evento benigno com evolução natural, ao contrário dos vômitos, que geralmente estão associados a alguma patologia.
Já o refluxo esofágico da criança que mama é um evento que necessita acompanhamento pelo pediatra ou, em casos mais graves, do gastroenterologista pediátrico. Pode ser devido a muitas causas, sendo as mais comuns a alergia à proteína do leite de vaca e infecções. As principais manifestações clínicas da doença do refluxo gastroesofágico no lactente são:
1- Regurgitações e vômitos;
2- Dificuldade para mamar;
3- Aumento na frequência de eructações (arrotos) e soluços;
4- Náuseas;
5- Choro excessivo, irritabilidade, dificuldade para dormir;
6- Déficit de ganho de peso e/ou crescimento;
7- Apneia e síndrome da quase morte súbita;
8- Rouquidão e estridor (guincho no final da inspiração);
9- Sibilância (chiado no peito).
Leia também: As diferenças quanto ao refluxo em lactentes
Os tratamentos vão ser diferentes e devem ser orientados pelo médico, para certificar que o diagnóstico está correto. No vômito, além de sintomáticos antieméticos (remédios que aliviam as náuseas, enjoos e vômitos), precisamos tratar a causa, geralmente uma infecção gastrointestinal ou urinária. A regurgitação é tratada com dietas e posição elevada da cabeceira do berço, e em alguns casos com medicação apropriada. O refluxo precisa ser bem avaliado e sua causa diagnosticada, para o tratamento específico.
Saiba mais sobre vômitos, desidratação e diarreias
Em caso de dúvida, converse com seu pediatra.
Fonte: temas de pediatria – professor Dr. Mauro Batista
Atualizado em 26 de março de 2024
mensagem enviada
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BOA TARDE!
SOBRE REFLUXO- APOS 1,5 ANO DE VER MINHA FILHINHA PASSANDO MAL, COM CONSTANTES INFECCOES DE GARGANTA E OUVIDO, DESCOBRIMOS QUE ERA INTOLERANCIA/ ALERGIA AO LEITE DE VACA, AGORA COM O LEITE NEOCATE, PQ ELA NAO PEGOU O DE SOJA, ESTA PRATICAMENTE CURADA.
BEIJOS.
olá minha bebê tem 10 dias di nascido e as vezes ela faz ancias di vomito gostaria di saber se é normal ?
Olá! Sugerimos uma consulta com o pediatra, pois ele poderá avaliar pessoalmente e fazer o diagnóstico correto da sua pequena.