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Os Departamentos Científicos de Cardiologia e Neonatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) redigiram um consenso técnico para a realização da oximetria de pulso, também conhecida como teste do coraçãozinho. É um procedimento muito simples, indolor e capaz de diagnosticar cardiopatias congênitas críticas em recém-nascidos.
Aproximadamente oito entre mil nascidos têm problemas cardíacos congênitos. Dois casos são vistos como graves e que precisam ser reconhecidos o mais rapidamente possível. Tudo porque o recém-nascido pode vir a falecer caso não seja diagnosticado e tratado precocemente.
Muitas vezes, a criança nasce, aparentemente, com normalidade, mas, no final da primeira semana ou do primeiro mês de vida, desenvolve um quadro de choque e/ou de hipóxia (falta de oxigênio) e não há tempo hábil para o atendimento. Auscultar o bebê pode não ser o bastante. Sabemos que de 30 a 40% dos que têm problemas cardíacos graves recebem alta das maternidades sem o diagnóstico. Temos que descobri-los no berçário e o primeiro passo, sem dúvida, é a oximetria.
A oximetria não substitui outros exames. Esta prevenção deveria começar no pré-natal com o Ecocardiograma fetal, com atenção para problemas cardíacos. Porém, há as interferências de custo, de dificuldades, além da falta de hábito dos médicos em pedir esse exame, o que justifica a dificuldade de aplicá-lo em todos os pacientes.
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Para evitar que as crianças com problemas cardíacos graves deixem o hospital sem um diagnóstico, o teste do coraçãozinho é apontado como fundamental. No teste, um sensor é aplicado na pele do paciente (procedimento indolor) para aferir a oxigenação dos membros superiores e inferiores. “Se registrarmos uma medida de oximetria menor que 95% em qualquer membro ou uma diferença de três pontos percentuais entre os membros superiores e inferiores, devemos suspeitar de uma cardiopatia crítica”. Em caso de suspeita, um ecocardiograma deve ser solicitado.
O teste do coraçãozinho deve ser realizado de 24 a 48 horas após o nascimento.
Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria
Atualizado em 6 de maio de 2024