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Bullying e exclusão podem prejudicar jovens
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Bullying e exclusão podem prejudicar jovens

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16/07/2012
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Lutar contra doenças crônicas ou deficiência de desenvolvimento são desafios suficientes para a qualidade de vida e integração social de um jovem. Mas sofrer bullying, ser deixado de lado, ignorado ou intimidado pelas pessoas é a principal razão pela qual o jovem com necessidades especiais de saúde relata sintomas de ansiedade ou depressão, de acordo com um estudo apresentado em 29 de abril de 2012, no Pediatric Academic Societies (PAS) reunião anual em Boston.

Pouca pesquisa específica foi feita sobre a relação entre vítima de bullying e jovens com necessidades especiais. Foi realizado um estudo, e os pesquisadores liderados por Margaret Ellis McKenna, MD, pesquisadora sênior em desenvolvimento comportamental na pediatria da Medical University of South Carolina, investigaram o impacto do assédio moral da exclusão e diagnóstico de uma condição médica crônica no bem-estar emocional de jovens com necessidades especiais de saúde.

Os participantes tinham idades entre 8 e 17 anos e foram recrutados em um hospital infantil durante as visitas de rotina dos médicos. Um total de 109 jovens e os pais deles ou responsáveis responderam a questionários sobre os sintomas de ansiedade e depressão. Os jovens também completaram uma ferramenta de triagem que avaliava se eles tinham sido assediados ou excluídos pelas pessoas.

As principais categorias de diagnósticos encontrados nos jovens foram:

1- Déficit de atenção e hiperatividade (39%);
2- Fibrose cística (22%);
3- Diabetes tipo 1 ou diabetes tipo 2 (19%);
4- Doença falciforme (11%), obesidade (11%);
5- Deficiência mental (11%);
6- Transtorno do espectro do autismo (9%);
7- Baixa estatura (6%).

Várias crianças tiveram uma combinação desses diagnósticos.

Os resultados das respostas dos jovens sobre os questionários mostraram que, quando eram intimidados ou excluídos, estas eram as mais fortes causas de aumento dos sintomas de depressão ou ansiedade.

Ao olhar para ambos os relatórios, de pai e filho, a exclusão foi o mais forte indicador desses sintomas. “O que é notável sobre estas descobertas é que, apesar de todos os muitos desafios que essas crianças enfrentam com relação ao diagnóstico de doença crônica ou de desenvolvimento, ser intimidado ou excluído pelos colegas foram os fatores com maior probabilidade de prever se relataram ou não sintomas de depressão”, explica Dr. McKenna.

Os profissionais precisam estar atentos à triagem para a presença destes fatores neste grupo já vulnerável de estudantes. Além disso, as escolas devem ter políticas claras para prevenir e lidar com o bullying e exclusão. Os estudos sugeriram programas que promovam uma cultura de inclusão e sentimento de pertencimento a todos os alunos.

Leia também: O bullying está aí, cada vez mais presente

Fonte: Pediatric Academic Societies (PAS) annual meeting in Boston april 2012

Atualizado em 18 de março de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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