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Esportes radicais e seus riscos
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Esportes radicais e seus riscos

Esportes radicais e seus riscos

06/01/2015
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Com uma juventude cada vez mais sedenta de adrenalina, os esportes radicais ganham espaço e com isto aumenta o risco de doenças ou lesões causadas pela prática esportiva.

Na revista Pediatrics de janeiro de 2015, havia um artigo sobre um estudo de caso de um jovem que teve um trauma fechado (sem ferimento) de tórax jogando futebol americano.

O estudo relata sobre um garoto de 16 anos de idade, saudável, e que sofreu trauma torácico fechado durante a partida. Ele apresentou um quadro de fibrilação atrial (FA), que se resolveu por conta própria depois de três dias. Seu coração não demonstrou anormalidades e ele não tinha história de arritmia. Enquanto casos de fibrilação ventricular foram relatados quando golpes ocorrem no peito, a FA normalmente não é relatada. Os autores sugeriram que, como a FA ocorre sem outros sintomas, como desmaios e tonturas, pode ser relatada. A FA pode levar a taxas ventriculares rápidas e fibrilação ventricular, mesmo com risco de vida, por isso é importante reconhecê-la em casos de trauma torácico fechado. Isso pode ter implicações para o diagnóstico e prevenção de fibrilações ventriculares potencialmente fatais em atletas jovens.

Embora não tenhamos o hábito de praticar futebol americano, jovens brasileiros praticam esportes de contato como futebol e basquete, podem ser atingidos por bolas velozes no vôlei, tênis etc. Esportes radicais com skate, bicicleta e patins, em que estão propensos à queda, também podem causar traumas.

A ideia deste artigo não é impedir que se pratique tais esportes, mas que se use o equipamento de proteção e que haja um limite na busca da “adrenalina”.

Leia também: Prevenção de lesões por treino excessivo em jovens atletas

Fonte: Pediatrics jan 2015: Case Report: “Atrial Fibrillation Induced by Commotio Cordis Secondary to a Blunt Chest Trauma in a Teenage Boy”

As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o atendimento médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o seu pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais

Atualizado em 22 de julho de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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