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“A amamentação é um dos investimentos mais eficazes que um país pode fazer para garantir uma população mais inteligente e saudável” (OMS, 2017).
Em tempos de aumento da insegurança alimentar, a estratégia de aumentar as taxas e o tempo de aleitamento materno pode ser uma das mais eficientes para evitar a desnutrição e as lesões cerebrais no recém-nascido. O estudo americano que menciono abaixo vem confirmar o que já se sabe há muito tempo: da eficiência dos hospitais amigos da criança em aumentar as taxas do aleitamento materno.
De acordo com um estudo publicado na revista Pediatrics de abril de 2022, as mães que deram à luz em hospitais que apoiaram a amamentação com práticas específicas de assistência à maternidade eram mais propensas a cumprir suas intenções de amamentação, resultando em bebês amamentados sem suplementação de fórmula um mês após o nascimento.
A “Iniciativa Hospital Amigo da Criança” (IHAC) é uma estratégia da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) planejada no Brasil em 1992 pelo Ministério da Saúde, que tem como objetivo aumentar a prevalência do aleitamento materno. Desde que foi lançada, a iniciativa tem crescido, com mais de 20 mil hospitais credenciados em mais de 156 países.
Vale ressaltar que o estudo “Práticas de Cuidados na Maternidade e Intenções de Aleitamento Materno em um Mês entre Mulheres de Baixa Renda” confirmou a relação entre a amamentação e o fornecimento de práticas de assistência à maternidade de apoio à amamentação entre mulheres de baixa renda, pois sabe-se que esse público corre maior risco de não amamentar.
A amamentação bem-sucedida é relacionada a diversos fatores:
Quanto mais passos do programa as mulheres experimentaram, maior a probabilidade de atingirem a sua intenção, conclui o estudo. Não fornecer suplementação de fórmula hospitalar foi um fator chave associado ao cumprimento das intenções.
A Sociedade Brasileira de Pediatria, a Academia Americana de Pediatria e as Diretrizes Dietéticas dos EUA recomendam a amamentação exclusiva por cerca de seis meses, seguida pela introdução de alimentos complementares e amamentação continuada por 12 meses ou mais, conforme mutuamente desejado pela mãe e pelo bebê.
Saiba mais:
https://institutopensi.org.br/aleitamento-materno-uma-unanimidade/
https://institutopensi.org.br/o-aleitamento-materno-nao-pode-ser-sabotado/
Fontes:
Maternity Care Practices and Breastfeeding Intentions at One Month Among Low-Income Women
Jennifer L. Beauregard, PhD, MPH; Jennifer M. Nelson, MD, MPH; Ruowei Li, MD, PhD; Cria G. Perrine, PhD; Heather C. Hamner, PhD, MS, MPH