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Com a Grécia nos noticiários econômicos, chamou-me a atenção um artigo publicado no Jornal Europeu de Pediatria sobre as falhas de vacinação de adolescentes e o impacto na saúde do país.
Não conheço números do Brasil sobre isso, mas como pediatra, eu observo que os pais são muito preocupados com a vacinação nos primeiros anos de vida, mas que há certo descaso para as crianças maiores e até para os adultos.
O cumprimento das recomendações de vacinação na adolescência não tem sido bem documentado na Grécia. Numa análise de 1.005 adolescentes com idades entre 11 e 19 anos, foram observados as seguintes taxas para imunizações infantis:
1- Poliomielite e hepatite B (ambos 96%);
2- Sarampo / caxumba / rubéola (MMR; 93,1%);
3- Meningite C (Men C; 83,4%).
Em contraste, as taxas mais baixas foram mostradas para a dose:
1- Reforço de tétano / difteria / pertussis (39,6%);
2- Hepatite A (HAV; 59,1%);
3- Varicela (13,8% entre os adolescentes sem histórico da doença);
4- Entre as meninas para a vacina contra o papilomavírus humano (HPV- 11,9%).
Encontramos uma associação significativa entre idade e série para a conclusão MMR, Men C e HAV, com imunização menor entre os adolescentes mais velhos. No geral, 22,7% dos participantes do estudo foram totalmente vacinados de acordo com critérios utilizados.
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Acredito que devemos, como pediatras, lembrar aos pais que a vacinação não se encerra aos 5 anos, nem aos 15, e que deve ser feita durante toda a vida para prevenção de várias doenças.
Fonte: Jornal Europeu de Pediatria – “Cobertura de vacinação entre os adolescentes e fatores de risco associados com a vacinação incompleta”, autores: Irine-Ikbale Sakou, Artemis K. Tsitsika, Vassiliki Papaevangelou, Eleni C. Tzavela e Donald E. Greydanus e outros.
Atualizado em 11 de março de 2024