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Perda auditiva em crianças: como identificar e tratar
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Perda auditiva em crianças: como identificar e tratar

Perda auditiva em crianças: como identificar e tratar

11/09/2018
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Embora a perda de audição possa ocorrer em qualquer idade, as dificuldades auditivas ao nascer ou que se desenvolvem durante a infância podem ter sérias consequências.

Isso ocorre porque a audição normal é inicialmente necessária para entender a linguagem falada e, posteriormente, produzir uma fala clara. Consequentemente, se uma criança tiver perda auditiva durante a primeira infância, isso exigirá atenção imediata.

Mesmo uma perda temporária, mas severa, durante esse período pode dificultar muito a aprendizagem da linguagem oral adequada.

A maioria das crianças apresenta uma perda leve e temporária quando o líquido se acumula no ouvido médio devido a alergias ou resfriados.

Em 10% das crianças, o líquido permanece no ouvido médio após uma infecção no ouvido levando a uma situação crônica. Essas crianças não ouvem tão bem quanto deveriam e às vezes têm atrasos na fala.

Muito menos comum é o tipo permanente, que sempre coloca em risco o desenvolvimento normal da fala e da linguagem. Ela pode variar de leve ou parcial a completa ou total. Existem dois tipos principais de perda auditiva:

Perda auditiva condutiva

Quando uma criança tem uma anormalidade na estrutura do conduto auditivo externo ou do ouvido médio, ou pode haver fluido no ouvido médio que interfira na transferência do som.

Perda auditiva neurossensorial (surdez nervosa)

Este tipo de deficiência auditiva é causado por uma anormalidade do ouvido interno ou dos nervos que transmitem mensagens sonoras do ouvido interno para o cérebro.

A perda pode estar presente no nascimento ou ocorrer logo em seguida. O problema também pode ser devido a uma malformação do ouvido interno. Na maioria das vezes, a causa neurossensorial severa é hereditária.

O diagnóstico deve ser feito o mais rápido possível, no Brasil existe a obrigatoriedade do teste da orelhinha, que faz uma triagem auditava.

Se seu filho tiver menos de dois anos de idade ou não for cooperativo durante o exame de audição, ele poderá fazer um dos dois testes de triagem disponíveis, que são os mesmos testes usados ​​para triagem neonatal. São indolores, duram apenas de cinco a dez minutos e podem ser realizados enquanto seu filho estiver dormindo ou deitado imóvel. Eles são:

      • O teste de resposta do tronco cerebral auditivo, que mede como o cérebro responde ao som;
      • O teste de Emissão Otoacústica (Teste da orelhinha) que mede as ondas sonoras produzidas no ouvido interno.

Certamente, se esses testes indicarem que seu bebê pode ter um problema de audição, será recomendada uma avaliação auditiva mais minuciosa assim que possível para confirmar o resultado.

Tratar uma perda auditiva dependerá de sua causa. As perdas leves geralmente melhoram sozinhas, mas se não houver melhora na audição em um período de três meses, e ainda houver líquido por trás do tímpano, o médico pode recomendar a drenagem do fluido através de tubos de ventilação inseridos através do tímpano.

Esta é uma operação menor e leva apenas alguns minutos, mas seu filho deve receber uma anestesia geral e passará parte do dia em um hospital ou em um centro de cirurgia ambulatorial.

Se uma perda auditiva condutiva for devido a uma malformação do ouvido externo ou médio, um aparelho auditivo pode restaurar a audição para níveis adequados.

Os pais de crianças com perda neurossensorial geralmente estão mais preocupados se o filho aprenderá a falar. A resposta é que todas as crianças com problemas auditivos podem ser ensinadas a falar, mas nem todas aprendem a falar com clareza.

Se o seu filho tiver deficiência auditiva grave ou profunda em ambos os ouvidos e não receber nenhum benefício dos aparelhos auditivos, se tornará candidato a um implante coclear.

Os implantes funcionam bem para a grande maioria das crianças que têm função cerebral normal. O implante coclear é custeado pelo Sistema Único de Saúde – SUS desde 1999 (Portaria GM/MS 1.278 de 20/10/1999). É considerado de alta complexidade e especificidade, demandando a existência de serviços altamente especializados, equipes multiprofissionais, instalações e equipamentos bastante diferenciados.

Aqui estão os sinais e sintomas que devem fazer você suspeitar que seu filho tem uma perda auditiva e alertá-lo para chamar seu pediatra.

      • Seu filho não se assusta com barulhos a partir de um mês de idade ou não olha para a fonte de um som entre três e quatro meses de idade;
      • Ele não percebe você até que te veja;
      • Ele se concentra em gargarejos e outros ruídos vibrantes que ele pode sentir, ao invés de experimentar uma ampla variedade de sons de vogais e consoantes;
      • Sua fala está atrasada ou difícil de entender, ou ele não diz palavras únicas como “dada” ou “mamãe” entre doze e quinze meses de idade;
      • Ele nem sempre responde quando chamado. Isso geralmente é confundido com desatenção ou resistência, mas pode ser o resultado de uma perda parcial;
      • Ele parece ouvir alguns sons, mas não outros;
      • Ele parece não apenas ouvir mal, mas também tem dificuldade para manter a cabeça firme ou demora a sentar ou caminhar sem apoio. Em algumas crianças, a parte da orelha interna que fornece informações sobre o equilíbrio e o movimento da cabeça também é prejudicada.

No Sabará Hospital Infantil temos o nosso Departamento de Otorrinolaringologia, com uma equipe capacitada para atender crianças com perdas auditivas, inclusive com colocação de implante coclear.

Saiba mais sobre este assunto:

Fonte: Caring for Your Baby and Young Child: Birth to Age 5 (Copyright © 2009 American Academy of Pediatrics)

As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

Atualizado em 17 de dezembro de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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