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Vacina contra a Meningite meningocócica B: entenda a importância!
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Vacina contra a Meningite meningocócica B: entenda a importância!

Vacina contra a Meningite meningocócica B: entenda a importância!

26/09/2018
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Sempre que surgem pequenos surtos de meningite, a população fica assustada e procura os serviços de vacinação públicos ou privados. No caso da Meningite Meningocócica B, por ser mais rara no país, não faz parte do calendário vacinal.

A meningite é um processo inflamatório das meninges (membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal) e pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, vírus, parasitas e fungos, ou também por processos não infecciosos.

As meningites bacterianas e virais são as mais importantes do ponto de vista da saúde pública, devido sua magnitude e capacidade de ocasionar surtos.

No Brasil, a meningite é considerada uma doença endêmica, deste modo, casos da doença são esperados ao longo de todo o ano, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais. A ocorrência das meningites bacterianas é mais comum no inverno e, das virais, no verão.

Em 2015, o Comitê Consultivo sobre Práticas de Imunizações do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA recomendou que adolescentes e adultos jovens com idades entre 16 e 23 anos tomassem a vacina contra meningite meningocócica do sorogrupo B com base em sugestões individuais de médicos.

No Brasil, a meningite tipo B não é prioridade de imunização do ponto de vista da saúde pública pois corresponde a 20% dos casos. Já a Meningite tipo C, que tem a vacina no calendário do Ministério da Saúde, é responsável por 70%.

A taxa de letalidade da Meningite por Meningococo B é de 10% a 20%, o que significa que uma a cada dez crianças acabam morrendo. Dos que sobrevivem, também 10% a 20% ficam com algum tipo de sequela potencialmente grave. São sequelas basicamente neurológicas, e também perda auditiva, visual e amputação de membros.

Incidência de Meningite Meningocócica no Brasil 2012

A Academia Americana de Pediatria e outros apoiaram a recomendação de vacinar as crianças e adolescentes conforme a orientação do pediatra que os acompanha.

Um estudo publicado na edição de setembro de 2018 da revista Pediatrics“Adoção de Recomendações de Vacina Meningocócica para o Sorogrupo B”, entrevistou pediatras e médicos de família entre outubro e dezembro de 2016 para ver se eles discutiam ou recomendavam a vacina aos pacientes.

Durante as visitas de rotina, 51% dos pediatras e 31% dos médicos de família sempre ou frequentemente discutiram a vacina contra meningite meningocócica B.

Entre aqueles que tiveram essas discussões, 91% recomendaram a vacinação. Os pesquisadores estavam interessados em ver como os médicos estão administrando e discutindo a vacinação meningocócica B sob essas recomendações.

Os pesquisadores observaram que os médicos que tinham maior conscientização sobre os surtos de meningite em sua área eram mais propensos a discutir a vacina, enquanto os médicos com menor consciência de surtos eram menos propensos a recomendar a vacina.

Os autores do estudo concluem que a falta de conhecimento sobre a doença meningocócica pelo sorogrupo B ou a consciência da vacina meningocócica B pode ser a principal razão para não discutir a vacina. Eles concluem que aumentar a educação médimeningicócicaca desta doença pode ajudar a aumentar as taxas de vacinação.

Saiba mais sobre este assunto:

 

Fonte: Pediatrics, August 2018

Adoption of Serogroup B Meningococcal Vaccine Recommendations

Allison Kempe, Mandy A. Allison, Jessica R. MacNeil, Sean T. O’Leary, Lori A. Crane, Brenda L. Beaty, Laura P. Hurley, Michaela Brtnikova, Megan C. Lindley, Alison P. Albert

As informações contidas neste site não devem ser usadas como um substituto para o cuidado médico e orientação de seu pediatra. Pode haver variações no tratamento que o pediatra pode recomendar com base em fatos e circunstâncias individuais.

Atualizado em 18 de dezembro de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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