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Amamentar, quando querer só não basta
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Amamentar, quando querer só não basta

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03/08/2018
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A Semana Mundial de Aleitamento Materno, de 1 a 7 de agosto, faz parte de uma história mundial focada na sobrevivência, proteção e desenvolvimento da criança.

Desde sua criação, em 1948, a Organização Mundial de Saúde – OMS tem entre suas ações aquelas voltadas à saúde da criança, devido à grande preocupação com a mortalidade infantil. Em 1990, de um encontro organizado pela OMS e UNICEF resultou um documento adotado por organizações governamentais e não governamentais, assim como por defensores da amamentação de vários países, entre eles o Brasil.

A Organização Mundial da Saúde, a Academia Americana de Pediatria e a Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam que as mães amamentem (apenas leite materno e medicamentos ou suplementos de micronutrientes, mas sem outros líquidos ou sólidos) durante os primeiros 6 meses de vida de seus filhos.

Estudos têm demonstrado que a maioria das mães nos Estados Unidos não amamenta exclusivamente seus bebês durante 6 meses, mas pouco se sabe sobre quanto tempo elas haviam planejado amamentar. No Brasil, pelo levantamento feito em 2006, os números são semelhantes.

O estudo “Baby-Friendly Hospital Practices and Meeting Exclusive Breastfeeding Intention” mostra que, nos Estados Unidos, 85% mulheres planejam o aleitamento materno exclusivo, mas apenas 32% delas conseguem alcançar este objetivo. As mães casadas e que já haviam tido outro bebê antes eram mais propensas a amamentar de acordo com um planejamento. Outros fatores que melhoraram as chances de uma mãe realizar seus objetivos com relação à amamentação são iniciá-la uma hora depois do nascimento e não dar suplementos alimentares como fórmulas infantis ou chupetas no hospital. Mães obesas, fumantes ou que amamentavam em menos tempo eram menos propensas a cumprir suas intenções. Os autores do estudo concluem que as práticas hospitalares, particularmente dando apenas leite materno no hospital, podem ajudar as mães a amamentarem mais, durante o tempo que elas planejarem.

Apesar de as taxas de aleitamento materno no Brasil crescerem continuamente a cada ano, os valores observados no país ainda são considerados baixos pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Enquanto a entidade considera ideal que todas as crianças de até 6 meses recebam o leite materno, a última Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde, consolidada em 2006 pelo Ministério da Saúde, apontava que 39% das crianças nessa faixa etária recebiam o peito da mãe. Analisando a situação do aleitamento segundo áreas urbanas e rurais, verificou-se que a diferença vem diminuindo substancialmente. Em crianças de até 6 meses, a diferença entre as áreas urbanas e rurais foi de 25% em 1975. Em 1989, era de 10%. Neste estudo foi de 2%.

Fundamental para a prevenção de doenças e da mortalidade infantil, o aleitamento materno também é objeto de outras ações do Ministério, como a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, Hospital Amigo da Criança, Proteção Legal ao Aleitamento Materno, Mobilização Social e Monitoramento dos Indicadores de Aleitamento Materno.

Leia também: Por que a amamentação é “essencial”

Fontes:

  1. Correio Brazilense em 01/02/2009
  2. SITUAÇÃO DO ALEITAMENTO MATERNO NO BRASIL
  3. “Baby-Friendly Hospital Practices and Meeting Exclusive Breastfeeding Intention”

 

Atualizado em 12 de dezembro de 2024

Dr. José Luiz Setúbal

Dr. José Luiz Setúbal

(CRM-SP 42.740) Médico Pediatra formado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com especialização na Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Gestão na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pai de Bia, Gá e Olavo. Avô de Tomás, David e Benjamim.

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